De Campinas para Paris! Conheça brasileiro que tocou na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos

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Venâncio Rodrigues é o único integrante brasileiro da Orquestra Nacional Francesa, que se apresentou no evento de abertura. Músico campineiro se apresenta com Orquestra na abertura dos Jogos Olímpicos de 2024 Quem torce e acompanha cada momento das Olimpíadas Paris 2024 não pode deixar de lembrar da apresentação da Orquestra Nacional Francesa, que tocou na cerimônia de abertura dos jogos, o primeiro a limpar o céu. Você sabia que um morador de Campinas participou do evento? Venâncio Rodrigues é contrabaixista e o único brasileiro a integrar a Orquestra Nacional de França, sediada no Théâtre des Champs-Élysées, em Paris – e foi o único músico do país a participar do evento de abertura do Paris Jogos Olímpicos. Participe do canal g1 Campinas no WhatsApp O músico contou à EPTV nesta terça-feira (30) como foi a experiência, além de falar sobre sua carreira na música, que começou no Projeto Guri. “A minha medalha não é física, mas é uma medalha que vou guardar para a vida”, disse o músico. Em entrevista à EPTV, Venâncio fala sobre a experiência de participar da abertura dos Jogos Olímpicos. Reprodução/EPTV Experiência única Quando o artista recebeu a notícia de que a Orquestra seria uma das atrações do evento de abertura dos Jogos Olímpicos, teve que guardar a ansiedade e a empolgação, e manter isso em segredo. “Eu estava muito ansioso e viver isso foi uma experiência única”, diz ele. A cerimônia aconteceu na sexta-feira (26), às margens do Rio Sena, e contou com Lady Gaga cantando em francês, o ídolo Zidane passando a tocha para atletas estrangeiros, além da presença de Celine Dion, que estava afastada do palco devido a uma doença degenerativa. Mesmo com o tempo chuvoso, ameaças de bomba e outras adversidades que afetaram a festa, para o músico, o balanço final da apresentação foi positivo e ficará para sempre marcado em sua memória — principalmente quando tocou com Celine Dion e quando aconteceu o show de luzes da Torre Eiffel, principal cartão postal da França. “O que mais me marcou, no geral, foi a ousadia de fazer uma abertura ao ar livre. E pessoalmente, como músico, os dois momentos que mais se destacaram foram quando toquei com Celine Dion, e também quando houve o show de luzes da Torre Eiffel”, explica o músico. Imagem da Torre Eiffel durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas Paris 2024 Ludovic Marin/via Reuters De Campinas a Paris! A música está no sangue de Venâncio. Porém, foi o contrabaixo que fez seu coração bater mais rápido. “Desde pequeno tenho essa influência em casa. Do meu pai que toca bateria, do meu tio que toca vários instrumentos, como baixo elétrico, e é compositor. Fiquei cada vez mais curioso em aprender a tocar instrumentos”, explica. Venâncio começou a tocar contrabaixo aos 12 anos, no Projeto Guri, em Campinas. Foi lá que teve sua primeira experiência com orquestra. “Foi revelador. Percebi que gosto muito disso e que queria fazer isso”, conta o músico. A paixão pelo instrumento que descobriu no projeto foi tão grande que se formou bacharel em música pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e, em 2016, integrou a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo. Tudo mudou quando, em 2018, ganhou uma bolsa para estudar na École normale de musique de Paris, onde permaneceu de 2018 até 2020, quando conseguiu uma vaga no Conservatório Regional de Paris. Antes de conquistar sua “medalha de ouro”, e ser membro oficial da Orquestra Nacional Francesa, teve uma longa jornada. O jovem já havia participado de concertos ocasionais, como músico complementar, substituindo contrabaixistas regulares. Mas, foi em 2024, após a 4ª tentativa, que passou no concurso de seleção, e passou a tocar oficialmente com a orquestra, sendo o único brasileiro do grupo. Venâncio Júnior mostra instrumento de brinquedo que deu ao filho quando ele tinha um ano de idade Reprodução/EPTV Fã-Clube Apesar de morar na França, toda a sua família está em Campinas. Venâncio Junior, desenhista e pai do músico campineiro, explica que o interesse do filho pela música clássica foi natural, pois ouviam regularmente o gênero em casa. “Hoje fico feliz em ouvir as músicas que meu filho toca, apesar de ouvi-las quando criança”, diz o orgulhoso pai. “Quando ele tinha um ano, tocava e agia como um violonista”, conta o pai. A família esperou ansiosamente para assistir à apresentação. Durante a transmissão, procuravam-no entre todos os músicos da orquestra. “Ele estar feliz e estar bem lá, me deixa feliz aqui, apesar da distância de um oceano”, diz a mãe. Aos jovens músicos que sonham em integrar grandes orquestras, Venâncio pede que persistam. “Continuem e não parem de sonhar. Não sabemos até onde podemos ir, mas podemos continuar tentando.” “Olha ele aqui”: Família procura Venâncio entre os integrantes da orquestra. Reprodução/EPTV VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região



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