Economistas também avaliam impacto da tarifa na inflação A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) levantou a bandeira vermelha no nível 2 nas contas de luz de setembro, depois de mais de três anos sem que isso acontecesse. Desacostumados com a tarifa mais cara, muitos brasileiros se perguntam qual será o real impacto da mudança no bolso. Portanto, o EXTRA foi conferir a resposta. Segundo economistas, o aumento das contas pode variar entre 10% e 13% neste mês. O anúncio sinaliza maiores custos para geração de energia elétrica, com aumento de R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, já que a falta de chuvas leva ao acionamento de termelétricas, que geram energia mais cara. Portanto, a conta mais alta vai para o consumidor final. O aumento percentual da despesa depende da utilização média de cada família. Para o economista da Terra Investimentos, Homero Guizzo, o aumento ficará em torno de 13%. Responsável pela área de inteligência da PSR Consultoria, Mateus Cavaliere estima que a conta aumente em média 10% neste mês: — Se considerarmos uma residência com consumo médio de 200 kWh/mês, a conta de luz passaria de R$ 147 para R$ 163, um aumento de R$ 16 — explicou. Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, prevê alta de 12%. O economista da ASA Investimentos, Leonardo Costa, espera um aumento médio de 11,5% nas tarifas de energia residencial em setembro. Atribui a sua estimativa à seca que afecta praticamente todo o país: — A seca pior do que o esperado justificou o aumento do preço da electricidade — afirmou, acrescentando que se esperava para o mês uma bandeira amarela e não a vermelha. Maikon Perin, especialista da Ludfor Energia, acredita que o acionamento da bandeira vermelha 2 resultará em reajuste de mais de 10% em setembro. Impacto na inflação O impacto do aumento da conta de luz também é direto na inflação — que pode terminar o ano acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central. O aumento de 13% nos preços da energia, segundo Homero Guizzo, da Terra Investimentos, acrescentará mais 0,52 ponto percentual ao IPCA deste mês, fechando o índice de inflação em 0,72%. A inflação acumulada nos últimos 12 meses até julho atingiu 4,5%, ou seja, o teto da meta. E segundo o Boletim Focus divulgado ontem, a projeção para o IPCA de 2024 subiu pela sétima semana consecutiva, passando de 4,25% para 4,26%, ainda sem considerar o efeito da bandeira vermelha nas contas de luz. O centro da meta deste ano é de 3%, com piso de 1,5% e teto de 4,5%. Sócio da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto projeta aumento de 0,43 ponto percentual na inflação neste mês. No entanto, ele acredita que é viável uma volta da bandeira vermelha para a bandeira amarela até o final deste ano, o que reduziria grande parte desse impacto: — Ainda não alteramos nossa projeção para o ano (IPCA de 4,1%), pois avaliaremos melhor essa questão hidrológica para definir qual será a premissa da bandeira para o final do ano. Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos, projeta inflação de 2024 em 4,45%, muito próximo da meta. Sua estimativa de inflação em setembro passou de 0,31% para 0,63%: — Esperamos que a bandeira vermelha 2 se repita em outubro e volte a ser amarela nos meses de novembro e dezembro — afirmou Andréa. Bandeira não era acionada há três anos. Desde agosto de 2021, a bandeira vermelha nível 2 não era acionada. Uma sequência de bandeiras verdes teve início em abril de 2022 e só foi interrompida em julho de 2024, com a bandeira amarela, seguida da bandeira verde em agosto. Criado pela Aneel em 2015, com o objetivo de incentivar o uso consciente da energia, o sistema de bandeiras tarifárias indica o custo da geração de energia elétrica no Brasil e como ele afeta o valor da conta de luz dos consumidores. As bandeiras vêm em três cores: verde (sem custo adicional); amarelo (quando as condições de geração não são favoráveis) e vermelho (as condições de geração são mais onerosas). Saiba mais taboola
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