Segundo sua família, Ademar Ferrugem não foi convocado pelo Exército, mas se ofereceu para ajudar o Brasil na guerra. Trabalhou como pedreiro com o pai em Goiânia. Ademar Ferrugem no Museu Histórico Municipal Cornélio Ramos de Catalão, Goiás Arquivo pessoal/Maria da Glória Ferrugem Ademar Ferrugem foi um soldado goiano que morreu na Segunda Guerra Mundial após deixar Goiás para servir o Brasil na Itália. Nascido em Catalão, morou com a família em Goiânia e trabalhou como pedreiro com o pai antes de viajar em missão. Clique e acompanhe o canal g1 GO no WhatsApp A aposentada Maria da Glória Ferrugem Bonfim, 86 anos, irmã de Ademar, disse que ele foi para a guerra quando tinha cerca de 24 anos. “Ele era muito ativo, um menino muito trabalhador e disse à minha mãe que queria defender o Brasil. Éramos pobres na época e combinamos as duas coisas quando ele decidiu ir. cuide dela sempre, independente da distância”, disse Maria. Maria da Glória contou que Ademar passou cerca de dois anos na guerra e deixou uma pensão em seu nome, pois os outros irmãos já haviam se casado. Ademar saiu de Goiás e foi para São Paulo. De lá, os soldados seguiram de navio para a Itália. “Não sabemos como era a vida dele lá, mas na trincheira de Monte Castelo ele tentou ajudar um colega e quando se levantou atiraram nele”, disse a irmã. A morte de Ademar foi anunciada à família após comunicado. Ele morava com os pais e tinha oito irmãos. Maria da Glória disse ainda que realizou seus desejos e cuidou da mãe até o último suspiro. Ela morreu aos 104 anos. Homenagens Maria da Glória disse que a família morava na zona rural de Catalão, mas mudou-se para Goiânia em busca de uma vida melhor. Eles moravam no bairro de Campinas e em 1965 a Avenida Paraíba passou a se chamar Avenida Ademar Ferrugem, em homenagem ao militar goiano. Ademar Ferrugem também foi homenageado em uma rua de sua cidade natal, Catalão. Além disso, o anúncio de sua morte e uma foto estão expostos no Museu Histórico Municipal Cornélio Ramos. MAIS pelo amigo para restauração em Goiás Ademar Ferrugem, soldado falecido na Segunda Guerra Mundial, após deixar Goiás para servir o Brasil na Itália Arquivo pessoal/Maria da Glória Ferrugem Emoção Em 2017, Maria da Glória foi presenteada pelo filho com uma viagem para Rio de Janeiro. Na cidade, fica o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, onde está localizado o túmulo de Ademar. “Lá é a coisa mais linda. Me senti como se estivesse cuidando dele. Tem o túmulo dele e em volta algumas coisas que usaram durante a guerra. Não dá para tirar muitas fotos, mas lá é muito lindo”, diz Maria. Segundo a irmã, após a morte de Ademar, o exército entrou em contato com a família para receber uma urna com seus restos mortais, mas a família optou por deixá-la exposta no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra, no Rio de Janeiro. Apenas a bandeira que acompanhava a urna foi entregue à família. A bandeira é guardada por Maria da Glória que faz questão de preservar a memória do irmão. Ela disse ainda que sente falta de mais homenagens a Ademar e diz que ele está esquecido pelo governo. “Tenho a sensação de que queria que as pessoas falassem mais dele. Ele não foi chamado, mas sim voluntariamente. pela família, deu a vida pelo Brasil”, disse Maria. Irmã de Ademar Ferrugem segura bandeira usada para cobrir urna de soldado morto em Goiânia, Goiás Arquivo pessoal/Maria da Glória Ferrugem Retirado de Monte Castello Segundo o Governo Federal, os soldados brasileiros, carinhosamente chamados de “pracinhas”, fizeram quatro tentativas de realizar aquela que seria a maior conquista da Força Expedicionária Brasileira (FEB) nos campos da Itália: A conquista de Monte Castello. Segundo a publicação, entre 24 de novembro de 1944 e 21 de fevereiro de 1945, a Batalha de Monte Castello marcou a primeira vitória brasileira durante o conflito entre tropas aliadas e forças do Exército alemão. A participação foi a mais notável da Força Expedicionária Brasileira em todos os combates da Segunda Guerra Mundial. A publicação diz ainda que a missão era conquistar uma elevação na região dos Apeninos: Monte Castello. Para que os aliados chegassem ao local, foi necessário romper um complexo defensivo alemão que se formou nos Apeninos. Segundo o governo, caso conseguissem romper a elevação, os aliados poderiam usar uma estrada conhecida como Rota 64. Do alto das montanhas e colinas, os alemães podiam ver os inimigos tentando avançar. Ou seja, poderiam ser facilmente atingidos por tiros de metralhadoras alemãs MG42, apelidadas de “lurdinha” pelos brasileiros. Além de se protegerem do inimigo, os brasileiros precisavam ter habilidades de montanhismo. Cada soldado carregava cerca de 25 kg de equipamento, embora não tivesse recebido treinamento para combate em montanhas. As primeiras tentativas de tomar Monte Castello não tiveram sucesso. Mesmo com a nevasca e o frio intenso do inverno europeu, os brasileiros não desistiram e meses depois conquistaram Monte Castello. Segundo o governo federal, a tomada marcou o início de uma série de vitórias para as forças brasileiras. Vitórias que elevaram o nome do Brasil e o prestígio do exército a destaque nas páginas da história mundial. Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
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