Como o sexo oral pode causar câncer de garganta?

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Jornalista do DailyMail revelou que desenvolveu a doença após ser infectado pelo HPV Em entrevista recente, o jornalista Max Channon, do jornal britânico DailyMail, revelou que foi diagnosticado com carcinoma espinocelular oral HPV16 positivo na amígdala, câncer causado pelo HPV . Além disso, segundo seu relato, a cepa com a qual ele foi infectado veio do sexo oral. O que é HPV? HPV é a abreviatura em inglês de papilomavírus humano, uma infecção sexualmente transmissível (IST) que afeta a pele ou as mucosas orais, genitais ou anais do paciente. Também conhecido como condiloma acuminado, o vírus, na maioria dos casos, não causa sintomas, mas pode causar verrugas na vagina ou no pênis e câncer em homens e mulheres, dependendo do tipo de infecção. O vírus do papiloma humano possui 150 tipos diferentes e o sexo é a principal via de transmissão, que inclui: Contato direto com pele ou mucosa infectada; Contato oral-genital ou manual-genital; O risco de contato é agravado porque o HPV não é encontrado apenas na vagina e no pênis, mas também na vulva, períneo, escroto e região pubiana. Muito raramente, o HPV também pode ser transmitido de outras formas: Através do parto, da mãe para o bebé; O HPV pode estar presente em áreas extragenitais, como conjuntivas e mucosas nasais, orais (boca) e laríngeas (garganta). Ainda não foi comprovada a possibilidade de contaminação através de objetos, uso de banheiros e piscinas ou compartilhamento de toalhas e roupas íntimas. Como o HPV causa câncer? Nos casos em que o sistema imunológico do paciente não combate a doença, é possível que o vírus se torne cancerígeno, justamente pelo desenvolvimento progressivo da doença. Embora raro, é possível que o câncer se desenvolva na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe (que é a parte logo atrás da boca), garganta e boca. Tratamento do HPV Nos casos em que há sintomas (aparecimento de verrugas), o ideal é consultar um médico para que sejam prescritas pomadas ou realizadas intervenções químicas, cirúrgicas e estimuladores de imunidade. Se o HPV desenvolveu câncer, o tratamento pode ser feito com radioterapia ou quimioterapia. É fundamental que a paciente procure um ginecologista, urologista ou proctologista para tratar a IST. Vacina contra o vírus Segundo o Ministério da Saúde, a vacina é a medida mais eficaz de prevenção contra o vírus. No Brasil, é distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e faz parte da carteira de vacinação dos brasileiros. Nos centros de saúde é aplicado nos seguintes casos: Meninas e meninos dos 9 aos 14 anos, em regime de dose única; Mulheres e homens vivendo com HIV, transplantados de órgãos sólidos, transplantados de medula óssea ou pacientes oncológicos de 9 a 45 anos, com esquema de três doses independente da idade, aplicadas aos 0 – 2 – 6 meses (segunda dose dois meses após a primeira e terceira 6 meses após a primeira dose); Vítimas de abuso sexual, imunocompetentes, de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tomaram a vacina contra HPV ou possuem esquema incompleto, sendo esquema de 2 doses para pessoas de 9 a 14 anos e 3 doses para pessoas de 15 anos aos 45 anos; Usuárias de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV, de 15 a 45 anos, que não tomaram a vacina contra HPV ou estão em esquema incompleto (conforme esquema recomendado para sua idade ou situação especial), com esquema de 3 doses . Pacientes com Papilomatose Respiratória Recorrente/PRR a partir dos 2 anos de idade. A vacina não previne infecções por todos os tipos de HPV, mas é direcionada aos tipos mais comuns: 6, 11, 16 e 18.



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