A ministra Cármen Lúcia, do TSE, e outras autoridades realizarão o procedimento, que atesta a integridade e autenticidade dos programas que serão utilizados, por exemplo, nas urnas eletrônicas. Medida garante transparência no processo eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluirá, nesta terça-feira (6), o processo de selagem dos programas que serão utilizados nas urnas eletrônicas nas eleições de outubro. Os sistemas também receberão assinaturas da presidente Cármen Lúcia e de outras autoridades. A cerimônia é mais uma etapa do ciclo de desenvolvimento dos sistemas eletrônicos utilizados nos dois turnos. A assinatura digital e o selo atestam a integridade e autenticidade dos programas. Ou seja, as medidas garantem transparência no processo eleitoral. O procedimento envolverá a participação das chamadas entidades fiscalizadoras – conjunto de instituições que auditam e verificam sistemas de votação eletrônica. Entre eles estão partidos políticos, federações e coligações; Ordem dos Advogados do Brasil; Ministério Público; Congresso Nacional; Controladoria Geral da União; Polícia Federal; Conselho Nacional de Justiça; Conselho Nacional do Ministério Público; e o Tribunal de Contas da União. Representantes dessas entidades também endossarão a integridade do material e assinarão digitalmente a mídia. Eleições de A a Z: veja quais são os procedimentos após as eleições nas urnas Compilação de códigos-fonte Desde a última quinta-feira (5), técnicos judiciais estão montando os programas que serão utilizados nas eleições de outubro. Este procedimento é chamado de compilação do código-fonte. O código-fonte é o conjunto de comandos existentes nas urnas eletrônicas e nos sistemas eleitorais. Escrito em linguagem de programação, contém todas as instruções que devem ser executadas pelo software. Na prática, é esta codificação que determina o que o programa de computador deve fazer. Existem códigos-fonte, por exemplo, em sites e aplicativos. No caso do código-fonte utilizado nas eleições, a Justiça Eleitoral permite que eles sejam verificados pelas entidades fiscalizadoras desde o ano anterior à eleição – outubro de 2023. Agora, a compilação converte a linguagem computacional do material em uma linguagem que pode ser executada pelos sistemas eleitorais. Com os dados consolidados são gerados sistemas que serão lacrados e assinados. Assinatura digital e selagem de sistemas A selagem e a assinatura digital geram uma espécie de blindagem em códigos-fonte e programas. Assim, garantem a autoria e integridade das informações. Com os sistemas fechados e assinados, é gerado um resumo digital, que corresponde a um código único. Dessa forma, é possível detectar quaisquer alterações no arquivo lacrado. Na cerimónia, as entidades fiscalizadoras verificam o material e dão a sua aprovação através de assinatura digital. A ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, assina fisicamente. Depois tudo é fechado e guardado. Próximos passos A seguir, cópias dos programas lacrados serão enviadas aos 27 Tribunais Regionais Eleitorais do país, por meio da rede exclusiva de telecomunicações da Justiça Eleitoral. O material será inserido em urnas eletrônicas, que já foram distribuídas aos estados. Uma cópia dos sistemas é mantida na sala segura do TSE para possíveis auditorias futuras.
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