Ricardo Alves Magalhães, de 56 anos, e Haroldo Alves do Nascimento, de 43, saíram de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e desapareceram em Três Rios, no Sul Fluminense. A família tenta localizá-los. conforme Reprodução A polícia investiga o desaparecimento de 2 caminhoneiros que foram cobrar uma dívida no Sul Fluminense. Ricardo Alves Magalhães, 56, e Haroldo Alves do Nascimento, 43, não são vistos desde a semana passada. O carro em que eles estavam foi encontrado incinerado na Baixada Fluminense. Ricardo, que mora em Duque de Caxias, e Haroldo, de Viana (ES), são amigos de longa data. Em fevereiro deste ano, eles acertaram a venda de um trailer por R$ 100 mil para um homem de Três Rios. Na época, o comprador deu um carro e parte do dinheiro como entrada, prometendo pagar tudo depois. Mas passaram 5 meses sem que a dupla visse o resto da dívida, apesar das insistentes exigências. No dia 20, Ricardo e Haroldo decidiram voltar de carro de Caxias para Três Rios para cobrar pessoalmente a dívida do devedor. O homem pediu que voltassem no dia 23, prometendo arrecadar o valor até lá. Segundo a família, naquele dia Ricardo compartilhou a localização e ainda enviou fotos de onde estava com Haroldo. Uma das imagens mostra um local com vários homens, carros e caminhões, alguns deles desmontados. Depois, ele relatou estar no bairro Moura Brasil. “Depois das 11h [do 23 de junho], ele não respondeu mais”, disse um parente. Na madrugada do dia 24 de junho, o carro em que estavam foi encontrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) queimado na Rodovia Rio-Magé, a cerca de 100 km de Três Rios. Um dos locais por onde Ricardo e seu amigo teriam ido antes de ambos desaparecerem Arquivo pessoal Em busca dos motoristas a família de Ricardo disse que, com o endereço do suposto devedor, no dia 24 de junho foram para Três Rios. Porém, o homem respondeu que não via Ricardo e Haroldo há mais de 2 meses. “Fomos atrás deles e esse homem disse que meu irmão não estava lá. Mas no dia anterior ele havia me enviado a localização, e era de lá. Ele mentiu e disse que não estava lá”, disse o parente. “Fomos à 108ª DP (Três Rios) para registrar o desaparecimento. Naquela época, eles estavam desaparecidos há 24 horas. Mas o inspetor disse que teríamos que esperar mais 24 horas para ver se eles apareceriam e ele não quis se cadastrar”, lembra a mulher. No dia seguinte, o caso foi aberto no 62º DP (Imbariê). “Como eu poderia não ficar lá em Três Rios, porque moro na Baixada, no dia 25? [de junho] Preenchi um relatório de pessoas desaparecidas. Mas desde então não temos informações. Estamos angustiados.” A família acredita que ambos estão mortos. “Acredito que eles não estejam mais vivos. Não sei o que aconteceu. Mas, se alguém fez alguma coisa com meu irmão, pelo menos entregue o corpo para que possamos ter um enterro digno. Estamos tentando entender o que aconteceu há muito tempo. Há dias que não dormimos. A família do Haroldo está desesperada lá no Espírito Santo”, conta a mulher. Rua do bairro Moura Brasil, em Três Rios, para onde Ricardo teria enviado a localização Reprodução/Google Maps Ameaças após registrar ocorrência A dona de casa disse ainda que, após ir a Três Rios e registrar boletim de ocorrência, passou a receber ameaças para não “levando o caso adiante”. “Não sei o que aconteceu e estou apavorado. Depois de registrar o ocorrido, encontraram meu telefone e estão me ameaçando. resultará disso.” Sem respostas, a família decidiu contratar um escritório de advocacia para exigir uma rápida investigação policial. “Na sexta-feira (28), a família nos procurou para denunciar essa romaria para denunciar o desaparecimento de Ricardo e Haroldo, que foram a Três Rios cobrar uma dívida e não foram mais localizados. registro e só horas depois, por insistência da família, conseguem registrar os desaparecimentos. Quando procuram o escritório, querem apoio para ajudar na investigação”, afirma a advogada Raquel Chaves. “Estamos aguardando a perícia do veículo e a perícia será feita pela delegacia de Três Rios. As próximas diligências estarão lá e estamos aguardando. Até o momento não foram localizados e não há notícias deles” , ele adiciona. A Polícia Civil disse apenas que a 108ª DP (Três Rios) dará continuidade às investigações e que estão em andamento esforços para localizá-los e esclarecer os fatos.
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