Britânico que passou 38 anos preso apesar de ser ‘inocente’ morre em penitenciária nos EUA

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Kris Maharaj, que estava no corredor da morte, foi absolvido por um juiz, mas a decisão foi anulada pelo Tribunal de Apelações; ele tinha 95 anos Um britânico que foi condenado à morte, apesar de ter sido “provado inocente” posteriormente, morreu aos 85 anos, ainda encarcerado na Flórida (EUA). Kris Maharaj passou agonizantes 38 anos atrás das grades pelo assassinato em um hotel de Miami de Derrick e Duane Moo Young, pai e filho, que supostamente roubaram dinheiro lavado do megatraficante colombiano Pablo Escobar. O homem foi condenado por um tribunal dos EUA em 1986 e enviado para o corredor da morte. Em 2002, depois de passar 17 anos à espera de uma injeção letal, a pena foi anulada e comutada para prisão perpétua. Em 2019, com a ajuda do lobby anti-pena de morte Reprieve, cofundado por Clive Stafford Smith, um juiz decidiu que a sua inocência foi comprovada. No entanto, um Tribunal de Apelações dos EUA decidiu que as provas da sua inocência não eram suficientes para justificar a libertação. Enquanto ainda lutava pela sua liberdade, Maharaj morreu na semana passada (6 de agosto) dentro do hospital da prisão. A notícia da morte foi anunciada pelo advogado de direitos humanos Stafford Smith, informou o “Daily Mirror”. Smith revelou que o corpo de Maharaj será enviado para a Inglaterra de acordo com os desejos dele e de sua esposa. O funeral acontecerá em Bridport. “Prometi a Kris em 1976 que ficaríamos juntos até que a morte nos separasse, e estou arrasado por ele ter morrido sozinho naquele lugar horrível”, disse sua viúva, Marita. “Então dedicarei o resto do tempo que Deus me permitir para limpar seu nome, para que eu possa ir encontrá-lo no céu com a consciência tranquila de que fiz o meu melhor por ele. Quero que ele seja trazido de volta ao Reino Unido. para ser enterrado, porque o último lugar onde ele gostaria de estar é onde foi falsamente acusado de assassinato”, acrescentou ela. Kris Maharaj e Marita, a viúva Disclosure/reprieve.org.uk Ramesh Lawrence Maharaj, irmão e ex-procurador-geral de Trinidad e Tobago, prestaram homenagem dizendo ao falecido: “Kris sempre manteve sua inocência. Com base nas informações que ele me deu na altura em que foi acusado dos crimes, formei a opinião de que ele era inocente. Nas minhas conversas com ele durante o período em que esteve encarcerado e durante as minhas visitas para vê-lo na prisão, fiquei ainda mais convencido de que sim. era inocente.” Kris Maharaj nasceu no país caribenho de Trinidad e Tobago e mudou-se para o Reino Unido na década de 1960. Antes de sua prisão, Maharaj era um homem rico, dono de cavalos de corrida e Rolls-Royces no Reino Unido. Ele havia viajado para a Flórida com sua esposa para comprar uma propriedade para desfrutar na aposentadoria. Certa noite, enquanto o casal jantava em um restaurante da cidade, ele foi preso. Em poucos meses, ele foi condenado pelo assassinato de seus dois parceiros de negócios. Smith afirma que o álibi do britânico era sua própria esposa, que estava com o Maharaj quando as vítimas foram mortas. “Quando me consideraram culpado, desmaiei. Simplesmente não conseguia acreditar que alguém poderia ser considerado culpado de algo que não fez: assassinato”, disse ele quando um repórter da Sky News o visitou para uma entrevista há quatro anos.



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