Brasil vive maior seca da história e especialistas alertam que situação pode piorar

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A região Norte é a que mais sofre com a seca. O governo do Amazonas declarou estado de emergência em todos os 62 municípios. O Brasil vive a maior seca da história e especialistas alertam que situação pode piorar Reprodução/Globoplay O Brasil vive a maior seca da história e a seca, que atinge todo o país, é ainda pior na região Norte. No Amazonas, mais de 300 mil pessoas sofrem com a seca. Cada vez mais, as águas dos rios perdem espaço para os bancos de areia na Amazônia. Em diversas cidades do interior há registros de problemas no abastecimento de insumos e água potável. Na região de Tabatinga, a 1.100 quilômetros de Manaus, o rio Solimões secou em vários trechos. “Olha, sou pescador aqui há mais de 40 anos, nunca vi seca assim aqui na nossa Amazônia. Caminhamos mais de 40 minutos para pegar o peixe. lamenta o pescador Benedito Catique. O governo declarou estado de emergência em todos os 62 municípios. Este ano, a seca chegou com dois meses de antecedência e afetou quase 310 mil pessoas. Segundo monitoramento do governo do Amazonas, o nível dos rios que atravessam o estado está caindo rapidamente. Em Manaus, o Rio Negro desce, em média, 25 cm por dia e fica cerca de 4 metros abaixo do nível do mesmo período do ano passado. O g1 teve acesso exclusivo aos dados do governo federal que mostram que, neste ano, a seca atinge todo o país, com exceção do Rio Grande do Sul. É a pior seca da série histórica, iniciada há 74 anos. Imagens do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais, Cemaden, mostram o avanço da seca no país desde 2012. Os dados de 2024 são parciais, mas já registram que esta é a seca mais extensa e severa do Brasil. No Amazonas, os incêndios se espalharam pela floresta no sul do estado e cobriram grande parte dos municípios com uma nuvem de fumaça. Somente nesta sexta-feira (30), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, registrou 3.224 focos de incêndio no bioma Amazônia. Neste mês, já são 36.088, mais que o dobro do mesmo período do ano passado. “Com o aumento das emissões de gases de efeito estufa, através do aumento da exploração de petróleo e com o aumento do desmatamento das florestas tropicais, não há dúvidas na ciência de que essas secas mais intensas se tornarão mais frequentes e se tornarão cada vez mais fortes. impacto enorme no bioma amazônico. Isso impacta a incidência de queimadas com seus efeitos na saúde da população em áreas urbanas, mas também nas populações indígenas, inclusive as isoladas”, explica Paulo Artaxo, diretor do Centro. de Estudos sobre Amazônia Sustentável da USP.



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