É o maior número de focos neste período desde 2007. Veja uma foto do incêndio nas duas primeiras semanas de setembro em todo o Brasil O Brasil vem acompanhando com angústia o avanço da seca e também do fogo. Eliana Marques fez um balanço do que o país enfrentou só neste mês de setembro – e que você acompanhou no Jornal Nacional. O Brasil registrou quase 50 mil incêndios de 1º a quinta-feira, 12 de setembro. É o maior número de focos neste período desde 2007. Começou com queimadas no Amazonas, Pará, Rondônia e Mato Grosso. O vento também espalhou a fumaça por outros estados, como Mato Grosso do Sul e São Paulo. No dia 2, moradores da capital paulista começaram a se assustar com o céu cada vez mais poluído. 79 parques fechados por risco de incêndio. No dia 3 de setembro, a fumaça também cobriu Belo Horizonte. No mesmo dia, Rio Branco fechou escolas devido à piora da qualidade do ar. Os moradores começaram a usar máscaras. E, em Brasília, um incêndio atingiu a Floresta Nacional. No dia 4 de setembro, o incêndio atingiu nascentes de água, que abastecem grande parte da capital do país. Também no dia 4, o Jornal Nacional mostrou peixes morrendo na Ilha do Bananal, no Tocantins. Ali perto, no Parque Nacional do Xingu e na Terra Indígena Capoto Jarina, no Mato Grosso, o fogo estava fora de controle. Enquanto estava na Chapada dos Guimarães, um avião tentava conter as chamas. Cinco de setembro: Dia da Amazônia. Faltou água e surgiram bancos de areia nos rios. No Pantanal, no Mato Grosso do Sul, o fogo subterrâneo brotou de folhas e galhos, compactados no solo ao longo dos anos. Em Itapura, interior de São Paulo, um cavalo rodeado de fogo virou símbolo da agonia dos animais. E em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foi montado um hospital de campanha para atender os animais do Cerrado. Esta semana começou com fumaça misturada com neblina em Santos. O porto fechou por horas. Em São Paulo, o Rio Pinheiros ficou verde. As algas proliferaram devido à falta de chuva. A represa Billings também mudou de cor e os peixes morreram. No Pantanal: o baixo nível do rio Paraguai afetou a navegação e o turismo, e o fogo ameaçou a já difícil reprodução das araras azuis. Também nesta segunda-feira (9), quase 3,5 mil cidades brasileiras estavam em alerta por baixa umidade do ar. Na terça-feira (10), Jataí, no sudoeste de Goiás, amanheceu com céu laranja. Na quarta-feira (11), o fogo descontrolado avançou às margens de uma rodovia federal em Santo Antônio do Aracanguá, no interior de São Paulo. No mesmo dia, o repórter Fábio Castro foi surpreendido pela Chapada dos Veadeiros, em Goiás. A vegetação destruída pelo fogo lembrava o cenário de outro planeta. Na quinta-feira (12), os incêndios atingiram a Serra da Bocaina, na divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro. A região é Patrimônio Mundial da UNESCO. Em Porto Velho, o nível do Rio Madeira bateu mais um recorde de mínima: 58 cm – e a tendência é cair ainda mais.
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