Depois de um debate na quinta-feira (27) que a imprensa americana descreveu por unanimidade como um desastre, os megadoadores de todo o país agora se perguntam o que fazer. Na Califórnia, um bilionário cancelou uma recepção que organizava para arrecadar fundos para o presidente. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reuniu-se com doadores de campanha em meio a pressões para que abandonasse a corrida à Casa Branca. Biden se reúne com doadores de campanha em meio a pressão para abandonar a corrida à reeleição Reprodução/Jornal Nacional Joe Biden foi a um evento neste sábado (29) nos Hamptons, resort onde bilionários nova-iorquinos passam o verão. A ideia é convencer os super-ricos de que têm força para continuar a ser o candidato do Partido Democrata à Casa Branca. Depois de um debate na quinta-feira (27) que a imprensa americana descreveu por unanimidade como um desastre, os megadoadores de todo o país agora se perguntam o que fazer. O presidente simplesmente não parecia lúcido. Aos 81 anos, a idade de Biden é a principal preocupação dos eleitores. Na Califórnia, um bilionário cancelou uma recepção que organizava para arrecadar fundos para o presidente. Nos grupos de mensagens, eles discutiram até contatarem Jill Biden, a primeira-dama, para uma intervenção. Integrantes do partido pensam em convencer o presidente a desistir da reeleição e apoiar um novo candidato. Um dos nomes citados é o do governador da Califórnia, Gavin Newson, que parece um galã e fala bem. Mas por ser de um Estado liberal, não poderia ter um bom desempenho em Estados conservadores, que são decisivos. Outro nome é o da governadora Gretchen Withmer, do estado de Michigan, um dos estados-chave para decidir a eleição. Ela enfrentaria o desafio de não ser conhecida nacionalmente, mas já possui um grupo de campanha para divulgar seu nome em todo o país. A substituta mais natural seria a vice-presidente, Kamala Harris, que foi escolhida em 2020 por ser um nome forte e enérgico para substituir Joe Biden. Quando a dupla foi eleita, já se falava que Biden seria presidente por um único mandato. Ela foi a primeira mulher negra a ser eleita vice-presidente dos Estados Unidos. O Jornal Nacional estava lá. Kamala fez uma defesa apaixonada da democracia: “Você votou e deu uma mensagem clara: escolheu a esperança, a decência, a ciência e, sim, a verdade”. Quase quatro anos depois, a expectativa não se concretizou. A grande estrela democrata que parecia emergir, até agora, não teve o destaque que muitos esperavam. A pesquisa comprova isso: a rejeição dela é maior que a aprovação. Assim como seu chefe, Kamala começou a perder apoio no segundo semestre de 2021 e o pico de desaprovação foi em julho de 2022. A explicação para uma perda de apoio tão rápida é que, nos últimos quatro anos, Harris recebeu tarefas muito complicadas, como , por exemplo, resolvendo o problema da imigração com um orçamento baixo ou reformando os sistemas eleitorais dos estados. As aparições públicas de Kamala foram reduzidas, em parte, por causa das constantes gafes que ela comete em público. Certa vez, ela disse que os Estados Unidos têm uma aliança histórica com a Coreia do Norte comunista, de quem os americanos são, na verdade, inimigos. Ela disse que 220 milhões de pessoas morreram de Covid, mais da metade dos 330 milhões de americanos. Na noite de sábado, Joe Biden foi a mais um evento fechado para doadores, desta vez em Nova Jersey. Donald Trump, por outro lado, ficou mais confortável após o debate de quinta-feira. Nos últimos meses, ele superou pela primeira vez a arrecadação de fundos de Biden. O ex-presidente aproveitou o sábado para descansar.
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