Em discurso na noite desta quarta-feira (24), o presidente prometeu combater o ódio e disse que estará focado no término do mandato. Biden elogiou Kamala Harris, mas não pediu votos. Biden defende a democracia e a ‘passagem do bastão’ no seu primeiro discurso após a retirada. Evan Vucci/Reuters O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que defender a democracia é melhor do que qualquer posição, durante discurso na noite de quarta-feira (24). Afirmou ainda que está “passando o bastão” às novas gerações como forma de unir o país. Clique aqui para acompanhar o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp. Esta é a primeira declaração de Biden após desistir da candidatura à reeleição. No domingo (21), ele publicou uma carta nas redes sociais afirmando que estava abandonando a disputa para apoiar a candidatura de Kamala Harris. Durante o discurso, o presidente afirmou que estará focado em encerrar o mandato e na defesa dos direitos civis dos americanos. “Recebo forças e encontro alegria em trabalhar para o povo americano. Mas esta tarefa sagrada de aperfeiçoar a nossa União não é sobre mim. É sobre vocês. Suas famílias. Seu futuro. É sobre nós, o povo”, disse ele. “Eu reverencio este cargo, mas amo mais o meu país.” Biden prometeu então combater o ódio e o extremismo e disse que não há espaço para violência na América. Numa referência às eleições, o democrata disse que o poder e a história estão nas mãos do povo americano. Ele agradeceu a Kamala Harris, mas não pediu votos. “Em apenas alguns meses, o povo americano escolherá o rumo do futuro da América. Eu fiz a minha escolha. E gostaria de agradecer à nossa grande vice-presidente, Kamala Harris. Ela é experiente, durona, capaz. Ela tem sido uma parceiro incrível para mim e líder do nosso país.” Ao longo de seu discurso, o presidente fez promessas relacionadas à economia, defendeu a reforma do Supremo Tribunal Federal e listou conquistas durante sua gestão. Em relação à política internacional, Biden disse que continuará os esforços para “deter” o presidente russo, Vladimir Putin. Além disso, afirmou que trabalhará para reduzir as tensões na Ásia e acabar com a guerra no Médio Oriente. O discurso de Biden foi feito diretamente no Salão Oval e durou pouco mais de 10 minutos. Karine Jean-Pierre, secretária de imprensa da Casa Branca, afirmou que o local foi escolhido dada a importância “histórica” do momento. Desistir foi ‘a coisa certa a fazer’ Aos apoiadores, nesta segunda-feira (22), Biden disse que desistir da corrida à reeleição era a “coisa certa a fazer”. O presidente participou de evento de campanha por telefone enquanto estava isolado com Covid-19. “Sei que a notícia de ontem foi uma surpresa e foi difícil para você ouvir, mas é a coisa certa a fazer. Sei que é difícil porque você trabalhou duro para me ajudar a ganhar a indicação”, disse ele. Biden disse ainda que não estará nas urnas eleitorais, mas que continuará engajado na campanha e na luta pela democracia. “Farei tudo o que Kamala pedir ou precisar que eu faça”, disse ele. O presidente estava sob pressão desde o final de junho para abandonar a sua candidatura à reeleição, quando teve um mau desempenho num debate televisivo contra Donald Trump. Biden também cometeu uma série de gafes nos dias seguintes. Os líderes do Partido Democrata começaram a expressar preocupações sobre o desempenho de Biden nas pesquisas de intenção de voto. Além disso, os membros do Congresso temiam que a insistência do presidente pudesse prejudicar os democratas nas eleições para outros cargos. Kamala deve ser indicada vice-presidente Kamala Harris conta com o apoio de nomes importantes do Partido Democrata para substituir Biden como candidato à Casa Branca. A indicação, porém, ainda depende de votação interna do partido. Levantamento da Associated Press mostrou que Kamala já conta com o número de delegados necessários para a indicação. A pesquisa foi baseada em entrevistas individuais, além de declarações públicas de delegados e comissões estaduais. Os delegados representam a vontade dos membros do Partido Democrata de cada estado dos EUA durante as primárias. Este processo ocorreu no início do ano e foi vencido pelo presidente Joe Biden. O presidente do Comité Nacional Democrata afirmou que o nome do partido que disputará as eleições presidenciais será anunciado até 7 de agosto. A votação virtual com os delegados poderá ocorrer a partir do dia 1º. A convenção do Partido Democrata está marcada para acontecer entre 19 e 22 de agosto. O evento oficializará o candidato que disputará a eleição. Na segunda-feira, Kamala fez um discurso em evento de campanha com tom de candidato. Ela criticou Trump e disse que “sabe como lidar com criminosos”. “Enfrentei criminosos de todos os tipos: predadores que abusaram de mulheres, fraudadores que fraudaram consumidores, trapaceiros que quebraram as regras em benefício próprio. Então ouçam-me quando digo: conheço o tipo de Donald Trump.” VÍDEOS: mais assistidos no g1
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