Beth Gomes, de 59 anos, e Gabrielzinho, de 22, serão porta-bandeiras do Brasil nas Paralimpíadas; conheça os atletas

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Atletas foram escolhidos para representar o país na Cerimônia de Abertura da próxima quarta-feira. Perdeu Paris-2024? Chegou a hora de apoiar o Brasil novamente. Nesta quarta-feira, a Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos Paris-2024 marca o início das competições e a delegação brasileira será representada por Beth Gomes, 59 anos, do lançamento de disco, e por Gabrielzinho, 22 anos, da natação, como porta-bandeiras. Beth Gomes é uma das principais atletas brasileiras destes Jogos Paralímpicos. Atual medalhista de ouro no lançamento de disco da classe F53 e tricampeã mundial da categoria, Beth foi jogadora de vôlei até 1993, quando foi diagnosticada com esclerose múltipla. Mesmo com tratamento, o atleta não conseguiu voltar a praticar o esporte. Com o avanço da doença, ela perdeu a movimentação das pernas e passou a competir no basquete em cadeira de rodas, onde disputou os Jogos Paralímpicos de 2008 representando a Seleção Brasileira. Quando surgiu uma nova evolução da esclerose, Beth sofreu com a paralisia de parte do lado direito do corpo e viu os dedos dobrados em garras, o que tornava cada vez mais difícil jogar basquete. Com isso, Beth também passou a praticar atletismo – com lançamento de disco e arremesso de peso. Devido à esclerose múltipla, Beth sofreu mais de 20 mudanças de classe paralímpica, até ser colocada na F53 – onde é tricampeã mundial, campeã paralímpica e parapan-americana. Gabriel Araújo, conhecido como Gabrielzinho, será o porta-bandeira da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Paris Alessandra Cabral/CPB Assim como Beth Gomes, Gabrielzinho também é um dos principais nomes da delegação brasileira nestes Jogos Paralímpicos e espera medalha de ouro – afinal, ele é o atual campeão paralímpico nos 50m livres, 200m livres e medalhista de prata nos 100m costas, todos na categoria S2. Nascido em Santa Luzia, Minas Gerais, Gabrielzinho sofre de focomelia, malformação causada pela interrupção do desenvolvimento de um ou mais membros durante a gravidez. Nesse caso, o brasileiro está com ombros e pernas atrofiados, mas ainda consegue andar com os dois pés. Mas apesar de ter 1,21m de altura, o nadador é um gigante paralímpico. Gabrielzinho descobriu a competição aos 13 anos, em 2015, durante um torneio escolar. Desde então, ele não parou de nadar. Nos Jogos Parapan-Americanos de 2019, em Lima, o brasileiro conquistou duas medalhas de ouro (50m livres e 100m livres), uma de prata (200m livres) e duas de bronze (50m costas e 50m borboleta), além de quebrar seu próprio recorde mundial. nos 50m borboleta. Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Gabrielzinho foi medalhista de ouro nos 50m livres, 200m livres, na categoria S2, e medalhista de prata nos 100m costas. Em mundiais, o brasileiro é o atual bicampeão nos 50m costas, 100m costas e 200m livre na categoria S2. Os Jogos Paralímpicos Paris 2024 começam na próxima quarta-feira, 28 de agosto, e serão disputados até domingo, 8 de setembro.



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