O estado lidera o ranking com 36 casos, seguido por São Paulo, Minas Gerais e Paraíba. Urna eletrônica Reprodução/TRE-RN A Bahia é o estado com mais denúncias de assédio eleitoral no trabalho em 2024, segundo informações do Ministério Público do Trabalho (MPT). Segundo o órgão, o estado lidera o ranking com 36 casos, seguido por São Paulo, com 31, além de Minas Gerais e Paraíba, com 14 cada. Confira a página Eleições 2024 do g1. A entidade recomendou ainda que os municípios de Juazeiro, no norte do estado, e Serrinha, a 180 km de Salvador, adotem medidas que reforcem a liberdade de voto e a ilegalidade de qualquer tipo de pressão sobre servidores, terceirizados e titulares de cargos públicos. para participar das atividades da campanha. Caso as recomendações não sejam atendidas, o MPT informou que poderá tomar medidas judiciais e encaminhar o caso ao Ministério Público eleitoral. O que é assédio eleitoral no trabalho? Que medidas tomar se você for vítima? Veja perguntas e respostas Também são investigadas situações envolvendo empresas privadas, nas quais empregadores supostamente coagiam funcionários a se envolverem em eventos de campanha eleitoral. O que é assédio eleitoral? O assédio eleitoral é quando o patrão ou colega tenta forçar ou constranger o trabalhador a votar em determinado candidato ou partido político, conforme definido na Resolução CSJT 355/2023, da Justiça do Trabalho. Considera-se assédio eleitoral qualquer coação, intimidação, ameaça, humilhação ou constrangimento a um colaborador, com o objetivo de influenciar ou manipular votos, apoios, orientações ou manifestações políticas. Também é assédio eleitoral quando, no ambiente de trabalho, há distinção, exclusão ou preferência de funcionário por convicção ou opinião política, inclusive no processo de admissão. Nas eleições de 2022, o Ministério Público do Trabalho investigou um caso de suposto assédio eleitoral protagonizado por um empresário do setor do agronegócio no oeste da Bahia. Um dos crimes investigados é a instrução para que os funcionários coloquem “o celular no sutiã” para filmar o voto na urna eletrônica e posteriormente comprovarem que votaram conforme exigido. MPF investiga se há assédio eleitoral em declarações de ruralistas do oeste baiano. Antes disso, uma empresária ruralista postou um vídeo recomendando que agricultores demitissem “sem piedade” os funcionários que iriam votar em Lula, na época candidato presidencial pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Ela assinou um acordo com o Ministério Público do Trabalho, onde se comprometeu a não praticar atos de incitação ao assédio eleitoral. Os casos chegam ao MPT por meio de denúncias anônimas, por meio de representações de adversários dos candidatos que estariam se beneficiando da conduta ilegal e de outros órgãos do Poder Judiciário, da sociedade civil e de outros ramos do Ministério Público. Segunda maior cidade da Bahia é condenada a pagar danos morais por assédio eleitoral Que medidas você deve tomar caso seja vítima? quem está sendo vítima de assédio eleitoral, o trabalhador pode registrar denúncia no Ministério Público do Trabalho, na Justiça Eleitoral ou nas Ouvidorias dos Tribunais Regionais do Trabalho. Além disso, as vítimas também podem contactar os sindicatos que representam a classe trabalhadora, que também podem auxiliar na denúncia e na adoção das medidas necessárias para coibir o assédio. Os sindicatos, por exemplo, disponibilizaram um site para receber denúncias de assédio eleitoral no trabalho. O portal promete garantir o sigilo da identidade do trabalhador que registra a denúncia. Ações de prevenção Uma das ações para promover o debate público sobre a prevenção do uso do poder patronal para interferir no voto e na expressão política é o projeto MPT Vai das Ruas. A ação acontece mais uma vez nesta quarta-feira (18) na Estação da Lapa, em Salvador, para informar a população sobre o assédio eleitoral no trabalho. No terminal, promotores e funcionários do MPT conversam com as pessoas, distribuem cartilhas e folhetos para conscientizar a população e explicar como identificar condutas ilícitas, coletar provas e fazer denúncias. Denúncias recebidas por instituições parceiras, como TRT5, MP-BA, MPF e Justiça Eleitoral e envolvendo assédio no trabalho também estão sendo encaminhadas e investigadas pelo MPT. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista vídeos do g1 e da TV Bahia
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