Ezekiel Moura, que é de Curitiba (PR), publicou uma série de reportagens nas quais aponta que Diego Fontenele, aluno da Ufac, plagiou, lucrou e exibiu as artes sem creditá-lo. Acreano se posicionou nesta sexta-feira (20) dizendo que não sabia como funcionava a ‘questão de dar créditos’ e que nunca lucrou com releituras. Principal obra de Ezekiel Moura, ‘O Velho’, onde ele aponta que houve plágio de artista acreano Arquivo pessoal O artista curitibano Ezekiel Moura, de 37 anos, divulgou nesta sexta-feira (19), em suas redes sociais, vídeos nos quais acusa plagiou o estudante da Universidade Federal do Acre (Ufac) e artista acreano Diego Fontenele. Em nota nas redes sociais, Fontenelle afirma que só se inspirou nas artes no início da carreira. (Confira a posição abaixo) Nos vídeos do curitibano, Moura afirma que tentou contato com Fontenele, mas foi bloqueado e só entrou em contato depois que as denúncias se tornaram públicas. As cópias de sua obra, segundo ele, foram descobertas na última quinta-feira (18), quando uma pessoa, cujo nome ele não quis divulgar, entrou em contato com ele para informá-lo sobre a obra do artista acreano que ganhava notoriedade no mercado. estado com as técnicas utilizadas por Moura. “Recebi uma mensagem de uma pessoa que reconheceu alguns elementos do meu trabalho, inclusive algumas obras completas, que estão sendo expostas por essa artista. Aí ela veio conversar comigo, e eu, a princípio, pensei que era algo que não era isso. importante, porque já aconteceu de pessoas copiarem trabalhos, na internet isso acontece com certa recorrência, mas o que me chamou a atenção foi a pessoa me contar depois que essa pessoa estava tendo uma certa relevância no cenário artístico, na universidade, e que começou a expor em museus”, explica. O artista descreve que trabalha há 11 anos vendendo ilustrações e murais, fazendo desta sua profissão desde 2013. Atualmente, o trabalho mural que executa é definido por ele como uma ilustração clássica, com contornos e texturas. Ele conta que há outros trabalhos que fez em São Paulo, Brasília e Curitiba, que foram mais com estampas e com repetição de um padrão muito rico em linhas, no caso, um desenho mais bidimensional. Moura descreve que o trabalho mural que realizou tem uma padronização e contém uma série de ornamentos, com preenchimento no fundo. “Ele tenta usar em outros trabalhos, mas não conseguiu nas artes porque não dominava a técnica, mas tentou fazer”, diz. Ezequiel Moura usa suas técnicas de pintura em murais Arquivo pessoal Ao tentar entrar em contato com o artista acreano para questioná-lo, o designer percebeu que estava bloqueado em suas redes sociais. O curitibano pediu então a um amigo que tentasse entrar em contato com Fontenele. Segundo Moura, o bloqueio foi feito para que ele não visse o plágio. Disse ainda que nunca foi citado em nenhuma publicação, que afirma ter seu trabalho copiado sem receber crédito. “Ele diz que é uma reinterpretação, mas não é uma reinterpretação. A gente referencia, pega um personagem e adiciona uma cor, aborda e fala: ‘olha, isso aqui, me inspirei nesse artista e fiz essa reinterpretação’. Nesse caso, ele pegou ideias dos meus trabalhos, redesenhou-os de acordo com sua habilidade técnica e publicou-os como seus. Há uma exposição onde 98% dos trabalhos que ele apresenta são trabalhos meus redesenhados”, comenta. ‘Plágio’ O artista curitibano acredita que Diego Fontenele achava que não seria descoberto porque moravam em cidades distantes. “Uma das coisas que mais rejeitamos nesta esfera [artística], é plágio, você não respeita o trabalho de outro artista e se aproveita. Ele pensou que há mais de um ano, por ser uma cidade distante, eu nunca iria descobrir, mas moramos em uma comunidade […] e acabou aparecendo, principalmente por estar expondo em um museu, ganhando cada vez mais espaço com essas articulações, inclusive políticas, dentro da universidade”, declara. Ao g1, a assessoria de comunicação da Ufac informou que a universidade não financiou a obra de Fontenele. “Ele é apenas um estudante, então é só com ele”, acrescentou, principalmente o personagem “O velho”, que Fontenele usa diversas vezes “Vejo cada vez mais sinais de que a pessoa não se arrependeu. o que eles fizeram, não pediram desculpas, fizeram até uma série de stories dizendo ‘não estou aqui para pedir desculpas’, dizendo também que o que ele fez foram releituras, estudos, que ele nunca lucrou com isso e aí as pessoas me mandou mais coisas dizendo que sim, ele teve lucro e sim, vendeu. Ele se apropriou de algo que é muito precioso para mim, que é o personagem “O Velho”, do qual fiz uma série de 60 desenhos em 2018 que me ajudou a me curar de vários problemas, inclusive da perda da minha avó”, explica. Acre é acusado de plágio por artista curitibano; veja reportagem O outro lado Diego Fontenele, acusado de plágio, divulgou nesta sexta-feira (19), em suas redes sociais, extensa nota de esclarecimento com a legenda: “Só eu peço”. respeito dos meus amigos e pessoas envolvidas com o coletivo e da minha família que nada têm a ver com os meus erros.” (Confira a nota completa abaixo) O g1 tentou contatá-lo, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta. Conteúdo do depoimento, Diego afirma que se inspirou apenas na obra de Ezekiel Moura, e em artes que foram feitas no início de sua carreira, em 2021. O artista acreano negou que as obras presentes na Exposição Ocupação Urbanomarginal, realizados em maio de 2024, foram inspirados no artista curitibano. Segundo ele, seu erro foi não dar crédito ao autor original de suas inspirações. Contudo, afirma que nunca vendeu suas obras definidas como ‘reinterpretações’. Por fim, Diego diz que preferiu sair do coletivo do qual fazia parte, para não prejudicar a seriedade do trabalho de outros artistas. Outra obra realizada por Ezequiel e posteriormente postada por Diego em suas redes sociais, como obra autoral, é apontada como plágio pelo curitibano Arquivo pessoal Nota de esclarecimento divulgada por Diego Fontenele: “Venho por meio desta nota esclarecer sobre as acusações de plágio do artista Ezekiel Moura Sobre releituras de obras do artista: em 2021, quando estava iniciando meus estudos, busquei inspiração no Pinterest, e nos resultados de minhas pesquisas algumas obras do artista me chamaram a atenção e me chamaram a atenção. iniciei meus estudos utilizando a técnica de hachuras que o artista apresentou. Sobre as publicações das releituras: Quando os desenhos ficaram lindos publiquei no meu Instagram, como estava começando, realmente não sabia como era a questão de dar. créditos funcionaram. Depois de 2022 fiquei mais de um ano com meu perfil desativado por motivos pessoais, e voltei a utilizá-lo em 2023 com o Coletivo já formado, para postar os processos artísticos de minhas obras autorais. O meu erro foi não dar o devido crédito ao artista nesta fase inicial, e admito publicamente esse erro. Portanto, peço desculpas tanto ao artista afetado quanto à comunidade artística e autoral como um todo. Vale lembrar que nunca me envolvi em nada com as obras dele, nem pelas redes sociais nem financeiramente. Sobre a exposição Coletivo Errantes: A Exposição Ocupação Urbanomarginal, é produzida desde dezembro de 2023, reunindo 4 artistas periféricos com estilos diferentes, teve um processo de curadoria, dos quais 2 dos 3 curadores estiveram constantemente conosco e acompanhando nossos processos criativos. Nada na exposição é uma releitura, nem faz referência à obra do artista Ezequiel Moura. As obras de velho que produzo estão ligadas às minhas experiências como acreano. Produzo imagens muito menos detalhadas do meu personagem em comparação com o que produz o artista Ezequiel Moura, embora ele mesmo o acuse de padronizar seu estilo. Neste caso, outros artistas do coletivo estão expondo seus trabalhos na exposição, e nenhum trabalho de releitura foi enviado para a exposição. Sobre lucrar com releituras: Nunca vendi uma única releitura, a intenção nunca foi lucrar, estava aprendendo a desenhar e me inspirando nas obras dele, mas nunca vendi nada disso, nem fiz nenhum produto . E em relação ao apoio financeiro que a Adufac deu, foi num período em que ele não estava trabalhando com nenhuma referência do Ezequiel, que nos deram alguns materiais para produzir peças com telas alternativas. O auxílio que afirma que recebemos da Ufac foi o edital Pró cultura 082024, do PROAES, que foi aberto a todos os alunos, onde foram chamadas 4 pessoas para compor o grupo de artistas visuais e outras 4 pessoas para serem músicos. Onde recebemos um auxílio de 500 reais por mês, que é menos que as bolsas de ensino. Sobre minha saída do Coletivo Errantes: Como reconheço o excelente trabalho que Errantes faz, não só com arte, mas também com arte-educação, com ações de formação e oficinas artísticas em bairros considerados perigosos de Rio Branco, e o importante valor social que estes tenho, pedi a demissão por tempo indeterminado em reunião com os membros do Coletivo na tarde do dia 19 de julho, porque entendi meu erro e entendi que o coletivo é muito maior que tudo isso. Obrigado pela compreensão, Diego da Silva Fontenele.” Nota de esclarecimento do Coletivo Artístico Errantes “O coletivo Artístico Errantes vem a público comentar e reafirmar sua posição sobre o ocorrido com um dos integrantes de seu corpo artístico, Diego Fontenele. O Coletivo Errantes, é formado por artistas periféricos e autodidatas que nasceram na tentativa de levar as artes para onde o Estado se recusa a prestar assistência. E pela seriedade do nosso trabalho, o próprio integrante pediu para sair, e concordamos que o melhor seria não comprometer a integridade do grupo e de suas atividades, rompendo assim qualquer vínculo de trabalho com ele por tempo indeterminado. “VÍDEOS: g1
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