Apenas o peso do corpo: conheça a calistenia, prática ‘queridinha’ dos famosos | Saúde

O novo exercício físico “preferido” entre as celebridades não necessita de equipamentos, máquinas, halteres ou anilhas. Também não utilize esteiras, bicicletas ou transportes; e você nem precisa estar na academia.

A modalidade que conquistou Ivete Sangalo, Cauã Reymond e Rodrigo Faro utiliza apenas o peso do próprio corpo para realizar exercícios que vão desde flexões e agachamentos até alongamentos nas barras. É ginástica.

A prática popularizou-se no século XIX, nos treinos militares da Europa e da América, e defende que não basta treinar apenas uma parte do corpo, mas sim estimular a flexibilidade e a agilidade em geral.

O educador físico Pedro Laureano explica que a principal diferença entre calistenia e musculação é, justamente, ter o peso corporal como protagonista.

“Na calistenia, usamos o próprio peso corporal, então é uma progressão muito mais lenta. E há fases para chegar a esse resultado final. Outra diferença, não dá para isolar o músculo alvo, como na musculação, que é um pouco mais simples de fazer. fazer esse isolamento devido aos usos das máquinas O fato de você também poder ajustar a carga facilita um pouco o processo”, disse.

A origem da palavra vem do grego: “kalos” significa beleza, e “sthenos”, força. A Calistenia afirma que, por meio do esforço físico e mental, é possível ter um corpo mais definido, além de desenvolver o equilíbrio e a concentração.

O professor de ioga Henrique Barros pratica calistenia há sete anos e diz ver semelhanças entre as duas práticas.

“Posso dizer que a calistenia mudou minha vida. Me proporcionou muito mais competências e habilidades humanas, como equilíbrio, força, agilidade, flexibilidade e mobilidade, além de mais consciência, espaço temporal e coordenação motora. , Você vai desbloquear seus movimentos e se sentir mais confiante também em outros aspectos sociais”, afirma.

Com o aumento da procura pelas aulas de calistenia, as academias tradicionais resolveram se adaptar. É o caso da rede Companhia Athlética, que criou espaços específicos para a prática, como explica o diretor técnico da academia, Cacá Ferreira.

“As aulas geralmente são ministradas em grupos, específicos para calistenia. Selecionamos um professor, com vasta experiência, para ensinar essa modalidade, com segurança, e também para inspirar os alunos a praticarem calistenia. utilização de barras de diferentes alturas e argolas, mas também exercícios diversos no solo”, explica.

O repórter da CBN participou de aula com a equipe do Barzilians RJ, na Zona Norte do Rio. O professor Jack Gomes afirma que, além da força física, a calistenia também trabalha a atenção.

“Primeiro, você adquirirá força. Como a calistenia é uma prática baseada na força, você inevitavelmente será capaz de fazer muitas coisas que não conseguiria fazer com a prática baseada na força. Outra questão é se concentrar quando estiver treinando – é uma prática que pode ser coletiva, mas principalmente individual. É quase uma meditação. Dessa forma, você consegue ter um tempo para você, pensar um pouco mais, estar um pouco mais focado em uma atividade onde você não está olhando para todos os lados ao mesmo tempo. . “, destaca.

Para o instrutor Akira Aihara, o principal benefício da prática é a superação de limites.

“Gostamos de pensar na calistenia como uma ferramenta de mudança, para deixar o corpo mais saudável e capaz de se movimentar, de uma forma divertida. Não gosto da ideia de ‘eu vou lá, faço meu treino e é pago para’. Fazemos o treinamento porque gostamos e, com o tempo, você percebe que pode fazer muito mais. A ideia é que cada um amplie cada vez mais os próprios limites”, reitera.