Apagão cibernético afetou aeroportos pelo Brasil; governo cobra explicações | Brasil

No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, pelo menos três voos da companhia aérea Azul foram cancelados. Os passageiros do voo com destino a Cuiabá foram redirecionados para outras saídas às 23h e às 5h de amanhã.

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A empresa Azul liberou vale-alimentação e hospedagem. Naira Borges foi uma das afetadas. Ela disse que vai faltar ao trabalho por causa do problema.

“Bom, para mim muito, porque moro a 400 quilômetros da minha casa, do lugar que vou ficar, que seria Cuiabá. Então eu pegaria a estrada hoje, chegaria em casa, mas aí todo o meu plano vai mudar . Eu vou. Se eu perder o trabalho amanhã, eu trabalharia amanhã. Aí não vou conseguir”, reclama.

Os voos da Azul foram, aliás, os mais afetados.

No Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo, o apagão cibernético causou o atraso de 24 decolagens e 15 pousos da empresa. O terminal é o hub nacional da companhia aérea.

A Azul informou que o apagão impactou diversos setores da empresa e pediu aos clientes que têm voos hoje que verifiquem o status da reserva no aplicativo ou site antes de se dirigirem ao aeroporto. Segundo a empresa, os clientes afetados estão recebendo todo o atendimento necessário.

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No aeroporto de Congonhas, Zona Sul da capital paulista, os processos de check-in, etiquetagem de bagagens e embarque foram realizados manualmente.

Rio de Janeiro, Vitória, Natal e Florianópolis

Os aeroportos Santos Dumont, no centro do Rio, e os de Vitória, Natal e Florianópolis também realizaram processos com papel e caneta.

Nos aeroportos do Rio, pelo menos 22 voos atrasaram na manhã desta sexta. No Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Zona Norte, a concessionária RioGaleão registrou 12 atrasos desde a madrugada.

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Em Brasília, onze voos da companhia aérea Azul saíram do terminal com atrasos. Outras operações continuam sem impacto.

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Governo exige explicações

A Secretaria de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública solicitou informações à Agência Nacional de Aviação Civil para entender como as pessoas foram impactadas pelo apagão cibernético. Em entrevista à CBN, o secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, afirmou que o prazo dado para envio das informações foi de 24 horas.

A interrupção global também afetou os serviços de saúde em todo o mundo. Em São Paulo não foi diferente. O agendamento de exames no Hospital das Clínicas, maior complexo hospitalar da América Latina, foi afetado. Durante nove horas, os sistemas do hospital ficaram inativos.

Vera Lúcia Ferreira, 55 anos, saiu da cidade de São Roque, a 68 km da capital, às cinco da manhã para fazer exame de sangue. Ela, que tem diabetes, teve que remarcar a consulta.

“Cheguei aqui às 5 da manhã, ia fazer exame de sangue, tirar sangue. E aí, para que reagendaram? Dia 6. Complicado. E para nós é complicado, temos diabetes, temos volta problemas, temos problemas nas pernas, não levanta, é tudo complicado”, lamenta.

Em comunicado, o Hospital das Clínicas afirmou que alguns equipamentos que utilizam a plataforma Windows 10 foram afetados no momento do apagão cibernético. A nota diz ainda que não houve perdas relevantes nos serviços assistenciais.

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O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do estado de São Paulo afirmou que o apagão cibernético não afetou a maioria dos serviços de saúde porque não utilizam o sistema que foi afetado. Cinco dos 73 hospitais privados do estado foram os mais atingidos.