Antonio Tabet: ‘O politicamente correto não me faz mal, tem que ter bom senso’ | Cultura

Antonio Tabet comenta a transição do digital para o palco e diz estar entusiasmado com a curiosa experiência. O texto foi escrito por ele e pelo roteirista Gabriel Esteves.

“Acho que tem que ser assim, pé na porta, sem medo, vamos lá! Estou ansioso, mas não estou preocupado. São 42 páginas para lembrar. Daniel Nascimento, de Barbixas, dirigiu. ” Ele já tinha me encaminhado no Porta dos Fundos, inclusive”, conta.

A peça estreia, no Rio de Janeiro, no dia 12 de setembro, no Teatro Casa Grande, no Leblon.

Todo mundo na vida já lidou, em algum momento, com Peçanha. É muito familiar. As pessoas que se identificam mais com a direita veem Peçanha como uma caricatura. A esquerda vê isso como uma sátira.

Apesar do sucesso, o estilo humorístico pode representar, para algumas pessoas, um ataque à ordem social natural. O artista diz que o politicamente correto não lhe faz mal, mas analisa que é preciso parcimônia ao atacar um tipo de humor.

“O politicamente correto em si não me machucou, muito pelo contrário. Sou um cara de 50 anos. Então, quando eu cresci na escola, eram comuns piadas sobre negros ou gays, por exemplo. Hoje em dia , é impensável. Me incomoda essa ‘patrulha’, gente que quer exercer o poder com base em conhecimentos que não tem. A patrulha tem que vir de uma sociedade educada, com bom senso discordo. “, afirma.

Antonio Tabet elogia o Porta dos Fundos, formato de humor que revolucionou o estilo e a internet. Para ele, o sucesso vem, sobretudo, do humor sem data que fala de temas comuns nas nossas relações cotidianas.