As enchentes destruíram pomares em diversas regiões do Rio Grande do Sul, e mais de 8 mil produtores sofreram prejuízos substanciais, segundo a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS). As águas cobriram muitas culturas que, em alguns casos extremos, foram completamente perdidas. Os pomares de citros, nos vales dos rios Caí e Taquari; das bananas, nas encostas da Serra do Mar; e a maçã, nos Campos de Cima da Serra, foram as culturas que mais sofreram.
A tragédia ocorreu na fase final de frutificação de importantes variedades cítricas, especialmente tangerina, cai, ponkan e parei – a janela de colheita já estava em andamento. Em muitos pomares, as chuvas inundaram completamente as plantações. O excesso de umidade no solo ainda afeta os pomares. Na Serra Gaúcha, em plena colheita dos citros, agricultores têm relatado dificuldades e perdas, principalmente em Bento Gonçalves, Veranópolis e Cotiporã. A Emater-RS estima perda de 50% na produção.
Além dos deslizamentos e fissuras, que comprometeram as áreas de cultivo, alguns agricultores ainda estão sem energia e enfrentam bloqueios nas estradas que dão acesso às suas propriedades. É o caso de Antoninho e Alex Sikorski, no interior de Bento Gonçalves. A família, que cultiva 8 hectares de bergamota e utiliza esta cultura como principal fonte de rendimento, perdeu 2 hectares de fruta devido aos deslizamentos de terra. Também registraram perdas de até 20 toneladas de frutos precoces. Sem conseguir escoar a produção, perderam cerca de R$ 80 mil. Antoninho tem câmara frigorífica, mas sem energia elétrica desde maio, não consegue armazenar as frutas para vendê-las em melhor momento.
Nas uvas, os produtores relataram danos significativos aos vinhedos na entressafra. A região que mais sofreu foi a Serra Gaúcha, em especial os municípios de Veranópolis, Cotiporã, Bento Gonçalves, Nova Roma do Sul, Caxias do Sul e Pinto Bandeira, onde as águas destruíram aproximadamente 500 ha de vinhedos.
As áreas de produção de hortaliças próximas à região metropolitana de Porto Alegre desempenham papel essencial na oferta desses itens à população do entorno da capital. As culturas folhosas e leguminosas, no entanto, foram as que sofreram as maiores perdas com as cheias. Segundo a Emater-RS, as chuvas destruíram pouco mais de 2 mil estufas de horticultura. No total, 8 mil produtores de hortaliças sofreram prejuízos, o que comprometeu a cadeia produtiva local.
Como as águas bloquearam estradas ou, em casos mais agudos, destruíram-nas completamente, os produtores tiveram dificuldades com a logística de transporte da produção para os grandes centros. Com isso, alguns produtos começaram a faltar nos supermercados e mercados. Essa situação persiste em algumas regiões do Estado, que aumentaram os preços dos produtos. Um exemplo é Rio Grande, onde as áreas de plantio de cebola e outras hortaliças permaneceram alagadas até a segunda quinzena de junho.
As cheias também afectaram a produção da cultura da batata, que caiu cerca de 40%. A umidade causou o apodrecimento dos tubérculos e inviabilizou a colheita. Os produtos que poderiam ser colhidos são de baixa qualidade e de tamanho reduzido devido ao excesso de chuvas.
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