Usuários passaram a relatar que X (antigo Twitter) voltou a funcionar no Brasil apesar de proibição imposta pelo STF Fonte da BBC News Apesar de proibição feita pelo STF, STF, X (antigo Twitter) voltou a funcionar em algumas cidades brasileiras O retorno do a rede social e as autoridades brasileiras. Isso porque a devolução desafia uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que desde 31 de agosto suspendeu o funcionamento da rede social do bilionário Elon Musk no Brasil. A volta do X, portanto, é o mais novo episódio do embate entre Musk, considerado o homem mais rico do mundo, e Alexandre de Moraes. O retorno de Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil explicam que o retorno da rede só foi possível graças a uma mudança técnica que teria “contornado” os bloqueios impostos pelos provedores de telefonia e internet no Brasil. Segundo eles, o X passou a hospedar seu conteúdo em uma rede conhecida como Cloudflare, uma das mais abrangentes do mundo. Com isso, o bloqueio anteriormente realizado pelas operadoras brasileiras não surtiu mais efeito. Os especialistas entrevistados estão divididos quanto ao objetivo da mudança. Para um deles, seria temerário dizer que a mudança adotada por X teria como principal objetivo “driblar” a determinação de Moraes. Por outro lado, haveria indícios de que a manobra realizada por X tinha o objetivo específico de contornar a ordem do STF. Os dois, porém, afirmam que a mudança feita pela rede criou uma dificuldade adicional para o STF e as operadoras bloquearem o acesso a X. Isso porque, segundo eles, para bloquear X, agora, seria necessário bloquear o acesso a X. a nova rede na qual está hospedado. O problema é que isso pode causar um “apagão” em sites populares no Brasil. Blocos e ‘caminhões’ de placas trocadas’ O diretor de tecnologia da empresa Sage Networks, Thiago Ayub, explicou à BBC News Brasil como ocorreu a mudança que permitiu o acesso ao X para retornar ao país. Ele disse que anteriormente o X hospedava seus serviços em seus próprios provedores. Agora, disse ele, X passou a usar uma rede de terceiros, a Cloudflare, uma das principais empresas do setor de hospedagem de conteúdo e segurança cibernética. O especialista disse que, quando o STF ordenou o bloqueio de X no Brasil, as operadoras e provedores de internet no Brasil cumpriram a ordem, negando acesso aos endereços IP dos provedores de X no país. Agora, porém, o conteúdo está em outro endereço e, portanto, fora da lista de endereços bloqueados anteriormente. Ayub compara os fornecedores às empresas de logística que, para fazer uma entrega, precisam utilizar caminhões. Segundo ele, é como se em vez de usar caminhões com placas bloqueadas pelo bloqueio do STF, X estivesse usando “caminhões” de outra empresa com placas que não constavam da lista usada pelos operadores até então. Como as placas são diferentes o bloqueio não funciona. “Cada conexão de internet possui um número de identificação chamado endereço IP. É semelhante a uma placa. Esse novo servidor, por usar outra estrutura, é como se fosse outro caminhão com outra placa e por isso não faziam parte da lista bloqueio inicial”, disse ele. Risco de apagão? Para Ayub, a medida adotada por X criou um problema adicional para o STF, a Anatel e as operadoras e provedores de internet no Brasil. Isso porque, segundo ele, para colocar o X novamente offline, seria necessário, a princípio, bloquear o acesso à rede Cloudflare. Isso, disse Ayub, poderia prejudicar vários outros serviços. “A situação é bastante complicada. O bloqueio dos servidores da Cloudlflare bloquearia, essencialmente, todos os clientes que utilizam os mesmos serviços. Diversas empresas importantes no exterior e no Brasil possuem sites hospedados indiretamente pela mesma infraestrutura. Isso poderia resultar no apagão de vários sites populares no Brasil”, disse. Ayub afirmou que as operadoras e provedores de internet do país ainda não decidiram o que farão agora. David Nemer disse que avalia o dilema de forma semelhante. “As operadoras podem bloquear o Cloudflare, mas isso bloqueará toda a plataforma, afetando sites e serviços que não têm nada a ver com o X”, disse ele. Segundo Nemer, a única alternativa técnica para o X voltar a ser bloqueado no Brasil seria a própria Cloudflare bloqueá-lo. O problema, segundo Nemer, é que a empresa também não teria representante no Brasil. Intencional ou não? Para Ayub, ainda não haveria indícios que atribuíssem a mudança a uma tentativa deliberada de X de contornar a proibição imposta pelo STF. “Seria ousado deduzir que a intenção foi contornar a decisão judicial, mas na prática é isso que acaba acontecendo. Só poderíamos dizer que a intenção foi intencional caso a empresa se manifestasse. essa mudança acontece depois da proibição”, disse ele. Especialista em antropologia da tecnologia e professor da Universidade da Virgínia, David Nemer, disse à BBC News Brasil que haveria indícios de que a manobra tinha como objetivo desrespeitar a ordem de Moraes. Nemer disse que, ao verificar os endereços dos servidores usados pelo X ao redor do mundo, constatou que apenas o acesso do Brasil estava sendo feito por meio da Cloudflare. Segundo ele, em todos os outros países o acesso seria feito através de servidores próprios do X. “Musk fez essa mudança no Brasil. Somente no Brasil a entrega do conteúdo X está sendo feita através do servidor Cloudflare”, disse à BBC News Brasil. A disputa A disputa judicial entre o STF e a rede de Musk culminou na suspensão da plataforma no Brasil no final de agosto. A decisão foi tomada após a empresa descumprir uma série de ordens judiciais, que incluíam a nomeação de um representante legal no país e a remoção de perfis e conteúdos específicos. Enquanto o STF insiste no cumprimento das determinações, Musk tem se recusado a cumpri-las, acusando o Judiciário brasileiro de ameaçar a democracia. O bilionário argumenta que suas ações fazem parte de uma luta pela liberdade de expressão. Porém, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pela decisão, rebate afirmando que Musk confunde liberdade de expressão com direito de praticar agressões verbais. Até o momento, X continua sem designar representante legal para atuar no Brasil. A BBC News Brasil enviou questionamentos a X, à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e ao STF sobre o retorno de X à operação no país. OX não respondeu. O STF afirmou, por e-mail, que não tem informações a prestar sobre o caso. Em nota, a Anatel não respondeu aos questionamentos enviados pela reportagem, mas disse que “mantém o monitoramento em relação à ordem de bloqueio” feita pelo STF e que o “resultado desse monitoramento é reportado diretamente” à Corte.
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