A posição do ex-presidente JairBolsonaro (PL) na disputa por Prefeitura de São Paulo tem oscilado entre candidatos Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito que busca a reeleição, e Pablo Marçal (PRTB).
A divisão dos eleitores de direita na capital paulista exigiu movimentos calculados do ex-presidente. Bolsonaro iniciou a campanha longe de Nunes, que tem como companheiro de chapa o coronel Mello Araújo, do mesmo partido do ex-presidente.
Com o recente avanço do atual prefeito nas pesquisas, porém, Bolsonaro deu alguns sinais na direção de Nunes. O ex-presidente fez uma aparição surpresa, via vídeo, em jantar de apoio a Nunes, realizado na sexta-feira (13). Reforçou o apoio ao prefeito e incluiu-se entre os vencedores na eventual reeleição do emedebista. “Estou torcendo por vocês, tenho certeza que haverá um segundo turno e sairemos vitoriosos”, disse.
Cientista político da FGV EAESP, Marco Antonio Teixeira afirma que, desde o início, o apoio do ex-presidente ao prefeito foi polêmico.
“Nunes queria o apoio de Bolsonaro, mas não queria Bolsonaro no palco. Isso porque o ex-presidente traz eleitores, mas também traz perda de eleitores”, afirma. “Ao mesmo tempo, Bolsonaro queria que o apoio a Nunes significasse adesão ao bolsonarismo, o que não é tão viável para o emedebista, dado o tamanho da aliança que ele tem.”
No início da campanha, explica Teixeira, o crescimento de Marçal foi superior ao esperado nas sondagens, o que colocou o ex-presidente numa situação incómoda.
Em agosto, Bolsonaro disse que Nunes não era o candidato dos seus sonhos e elogiou Marçal. Chegou também a alertar o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre os riscos de erosão política com uma possível derrota do prefeito, em meio à migração de bolsonaristas para a candidatura de Marçal. No início deste mês, Tarcísio foi a Brasília conversar com Bolsonaro sobre o apoio ao prefeito.
Bolsonaro esteve em São Paulo no dia 7 de setembro, mas a disputa pela Prefeitura ficou em segundo plano. Em evento marcado por ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e por pedidos de anistia aos presos pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, Nunes não se anunciou e se posicionou discretamente na elétrica trio. Marçal chegou no final do ato e não subiu ao palco. Posteriormente, seu assessor afirmou que ele foi impedido de entrar no carro.
Segundo o especialista, as pesquisas de intenção de voto mais recentes mostram uma aparente perda de força para Marçal e um provável cenário mais favorável para Nunes entre os eleitores de direita na capital. Teixeira explica, porém, que esse movimento foi impulsionado por fatores alheios à presença ou ausência do ex-presidente nas campanhas. “Isso também mostra um Bolsonaro enfraquecido”, afirma.
Nunes reforçou a associação da sua imagem com a de Tarcísio. A exposição nos debates e o início do horário eleitoral gratuito, por sua vez, afetaram negativamente a intenção de voto em Marçal, afirma o cientista político. “Ele teve que sair do conforto das redes sociais, onde só produz e não é questionado”, afirma.
Mais recentemente, o apoio pendular de Bolsonaro oscilou mais para Nunes e, se as sondagens continuarem a mostrar o seu fortalecimento, A expectativa é que o ex-presidente também intensifique sua participação na campanha emedebistadiz Teixeira. Assim, na reta final, é possível que a disputa na capital exiba a polarização “Bolsonarismo x Lulismo” que se esperava no início.
Para Bolsonaro, avalia o cientista político, seria importante recuperar o protagonismo político. O ex-presidente já manifestou desconforto com os movimentos de Marçal. Numa mensagem a um grupo restrito, disse que era claro que o “ex-treinador” apontava para 2026. “As únicas pessoas que não querem ver são aquelas que não vêem”, disse ele aos seus aliados.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo