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“Acabo de me tornar líder em uma empresa de médio porte e poderei montar meu próprio time, do zero. Gostaria de trazer mais diversidade para a empresa, com pessoas de perfis diferentes para compor o time. não quero que pareça algo apenas para atender às demandas atuais da sociedade, o que não é o caso, pois acredito verdadeiramente que uma equipe diversificada contribui para todos. Mas estou demorando para encontrar as pessoas certas, e eu. sinto que a gestão da empresa está um pouco impaciente meus líderes que a diversidade é importante e como construir essa equipe?” Diretor financeiro, 39 anos
Olá, queridos! Espero que você esteja bem!
Querer ter mais diversidade na equipe é um passo muito importante. Mas junto com isso, outras medidas serão necessárias para tornar esse desejo sustentável.
Ter diversidade em uma empresa tem a ver com querer fazer o que é certo, ou seja, que as oportunidades sejam verdadeiramente para todos e não apenas para um grupo seleto e privilegiado. Para que isso aconteça É essencial que a liderança sênior participe desta agenda.
A responsabilidade de atrair talentos mais diversificados para uma empresa não cabe apenas aos recursos humanos, mas sim a uma equipa multifuncional, e exige que a liderança sénior seja um “patrocinador” de iniciativas para mais diversidade.
A diversidade é acompanhada de inclusão e equidade. Então, as estruturas da empresa precisarão ser revisadas. Não estou falando apenas de banheiros para todos – esse é o ponto mais fácil de resolver. Estou falando sobre revisar parceiros de recrutamento, benefícios, etc; estruturar indicadores para ter clareza da realidade demográfica, considerando cargos de liderança ocupados por mulheres, negros e LGBT. E mapear cargos e salários para entender qual grupo tem maiores salários e benefícios.
Obviamente Depois de ter uma fotografia fiel da realidade, será necessário agir. Ter iniciativas para cada frente identificada contribuirá para o avanço das agendas de diversidade.
Pessoas preparadas, alfabetizadas e intencionadas devem formar esquadrões para dar tração às iniciativas elencadas, bem como responsabilizar-se por avanços ou retrocessos.
Imagino que você deve estar se perguntando se existe uma “receita de bolo” para implementar iniciativas do zero em uma empresa. Acho que não, mas aprendi algumas coisas nas minhas viagens que posso compartilhar aqui. Se eu tivesse que liderar essa agenda desde o início, seguiria três passos que trouxe no meu primeiro artigo aqui no Carreira no Divã.
Vejo que o primeiro passo é dar espaço para que as pessoas que compõem a empresa se unam por afinidade: negros, LGBTQ+, PCD, mulheres, etc. Será a partir dos grupos de afinidade que virão à tona as melhorias e reparos que atenderão essas comunidades e, consequentemente, o sentimento de pertencimento e engajamento será mais genuíno dentro desta cultura . Caro leitor, você sabe se existem esses grupos na sua empresa? Se sim, eles poderão ser um ponto de acolhimento e fortalecimento para você no seu dia a dia.
O próximo passo que garantirá essas melhorias e reparos é a conformidade e o governança. Ter um canal de denúncia e um tratamento adequado e seguro é fundamental para demonstrar o que é intolerável dentro da empresa. LGBTfobia, por exemplo, é crime! E é dever da empresa não permitir que um crime aconteça.
Além de punir e corrigir, o cumprimento e a governança das políticas internas contribuem para indicadores na área de recursos humanos. Afinal, o RH é o grande anfitrião do baile de diversidade e inclusão – é quem convida as pessoas para a festa e orienta as áreas de front e back office para dançarem com pessoas diversas, promovendo a inclusão.
Quanto mais diversificada for uma empresa, mais repertório ela terá para desafios de negócios. Portanto, políticas de contratação e desenvolvimento de talentos diversos são vitais para todas as empresas do mercado.
E o terceiro passo que vejo é sobre educação! “Depois que você vê, não há como ‘deixar de ver’.” Ouvi essa frase durante meu tempo na Ben & Jerry’s e acho que é perfeita para o tema diversidade e inclusão. Depois de entender como e por meio do que nosso país foi construído e o quanto isso aconteceu em 1500 repercute em nossas vidas (todas as vidas) até hoje, não há como ficar inerte. Assim, levar conhecimento às pessoas das nossas empresas através da alfabetização é semear a esperança de uma sociedade mais digna. Se a sua empresa está aberta à diversidade, deve haver alguma alfabetização sobre raça, gênero, experiências LGBTQ+, etc. O conhecimento e o testemunho são ingredientes muito poderosos para uma transformação eficaz.
Espero que você tenha espaço para implementar iniciativas que aumentem a diversidade em sua empresa.
Daniel Jesus É psicóloga, ativista, idealizadora do Currículo Oculto e apaixonada por cultura, gestão de pessoas, diversidade, equidade e inclusão.
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Esta coluna tem como objetivo responder questões relacionadas às carreiras e situações vivenciadas no mundo corporativo. Reflete a opinião dos consultores e não a do Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza decorrentes do uso dessas informações.
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