Amanhã tem a ‘Super Quarta’, quando Brasil e Estados Unidos tomam decisões sobre taxas de juros no mesmo dia. Nestas vésperas, o mercado de títulos públicos reage às expectativas de corte lá e aumento aqui.
Para que os investidores sejam inteligentes, o Ativar investimentos conta que, Mesmo com o aumento da Selic, a renda fixa nacional continua com excelente relação risco e retorno em todos os tipos de índices (CDI, IPCA e Pré)além disso, os activos brasileiros deverão beneficiar dos fluxos estrangeiros devido aos cortes da Fed.
Diante do novo cenário, a corretora orienta os investidores a reduzirem a exposição a renda variável e prefixada, por exemplo, e aumentarem as alocações em títulos indexados à inflação e pós-fixados.
O corretor Monte Bravo Também orienta o aumento dos títulos indexados à inflação, especialmente os de médio e longo prazo, pois o aumento da taxa Selic reduz o risco inflacionário da curva.
“A sugestão de alocação traz ajustes que refletem as recentes variações de preços e uma clara perspectiva de valorização, mas limitada pelas incertezas fiscais dos ativos no cenário base”, aponta Alexandre Mathias, estrategista-chefe da corretora Monte Bravo.
O movimento de hoje segue as taxas de juros futuras, que acompanham o movimento das taxas nos Estados Unidos após Os dados do varejo e da indústria americana são mais fortes do que o esperado em agosto.
A resiliência da economia americana poderá resultar num ciclo mais contido de cortes nas taxas de juro americanas.
No brasil, taxas de juros de longo prazo concentram os maiores avanços, ainda pressionadas pela desconfiança do mercado em relação à política fiscal interna. Desde ontem há tensão pela possibilidade de emissão de crédito extraordinário para combater a onda de incêndios no país.
Assim, por volta das 13h, as ações prefixadas pagavam mais que o fechamento de ontem. A maior taxa foi para o título com vencimento em 2031, que rendeu 12,13% ao ano, patamar considerado atrativo pelos analistas.
Ao mesmo tempo, os vinculados à inflação pagaram bem acima do que foi oferecido ontem. O papel mais curto, com vencimento em 2029, paga 6,39% ao ano.
As taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa que, tanto nos títulos prefixados quanto nos indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice-versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — pois garante maior rentabilidade se mantiver o investimento até o vencimento, o valor de mercado dos títulos diminui, o que implica uma perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
Desempenho do Tesouro Direto nesta terça-feira (17)
Título | Rentabilidade anual | Investimento mínimo | Preço unitário | Maturidade |
Tesouro Prefixado 2027 | 11,88% | R$ 30,98 | R$ 774,72 | 01/01/2027 |
Tesouro Prefixado 2031 | 12,13% | R$ 34,25 | R$ 489,36 | 01/01/2031 |
Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035 | 12,06% | R$ 36,38 | R$ 909,67 | 01/01/2035 |
Tesouro Selic 2027 | SELIC + 0,0631% | R$ 153,37 | R$ 15.337,00 | 01/03/2027 |
Tesouro Selic 2029 | SELIC + 0,1471% | R$ 152,61 | R$ 15.261,17 | 01/03/2029 |
Tesouro IPCA+ 2029 | IPCA + 6,39% | R$ 32,43 | R$ 3.243,67 | 15/05/2029 |
Tesouro IPCA+ 2035 | IPCA + 6,29% | R$ 45,27 | R$ 2.263,64 | 15/05/2035 |
Tesouro IPCA+ 2045 | IPCA + 6,31% | R$ 36,88 | R$ 1.229,35 | 15/05/2045 |
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035 | IPCA + 6,30% | R$ 43,21 | R$ 4.321,29 | 15/05/2035 |
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2040 | IPCA + 6,21% | R$ 42,67 | R$ 4.267,19 | 15/08/2040 |
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2055 | IPCA + 6,28% | R$ 42,66 | R$ 4.266,43 | 15/05/2055 |
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