Como Janaína Torres usou a carne de porco para se transformar na melhor melhor chef do mundo

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Consagração é resultado de anos de trabalho dedicados à inovação na cozinha com um ingrediente principal antes desvalorizado: a carne suína Do centro de São Paulo à gastronomia internacional – no final de março, a chef Janaína Torres (ex-Rueda, sobrenome que saiu após a separação de Jefferson Rueda), comandando restaurantes como A Casa do Porco e Bar da Dona Onça, foi eleita a melhor chef feminina do mundo pelo 50 Best, reconhecido prêmio de culinária internacional. A consagração é resultado de anos de trabalho dedicados à inovação na cozinha com um ingrediente principal antes desvalorizado: a carne suína. O que faz um restaurante ganhar uma estrela Michelin As receitas bizarras criadas pela IA e adotadas por chefs de todo o mundo Entrou no Guinness: o hambúrguer mais caro do mundo é de um restaurante holandês e custa mais de R$ 29 mil Com esse ponto de partida, Ela inventa pratos como papad sushi com tucupi, mini pão com mortadela, ossobuco de porco, torresmo com goiabada e tártaro de porco, entre inúmeras outras criações. “Não consigo nem te dizer como a ideia entrou na minha cabeça. Eu acho e tenho que fazer isso acontecer”, diz ela. Bar da Dona Onça, um dos empreendimentos de Janaína Torres Divulgação Muitas ideias são inspiradas em pratos tradicionais feitos com outras carnes. O tártaro de porco seria inimaginável no Brasil, onde não há tradição de preparar carne de porco crua. O prato, porém, é comum na Alemanha. A referência foi a matéria-prima para apresentar a possibilidade ao público brasileiro. “A criatividade está intimamente ligada à cultura, aos movimentos que temos no dia a dia. Criamos versões de coisas que já existem”, diz ela. Rótulo adesivo revela, em tempo real, se os alimentos são seguros ou não para consumo ‘Estrelas Michelin, roupas de grife e cardápio dinamarquês’: veja detalhes do jantar na estratosfera marcado para 2025 Multidões fazem fila para descobrir o primeiro restaurante mexicano de tacos a vencer uma estrela Michelin Enquanto isso, o Bar da Dona Onça, em funcionamento há mais de 15 anos, conquistou fiéis seguidores com um cardápio tradicional. “Aí não posso mudar muito o cardápio. Foi criado pensando na alimentação afetiva, num momento em que esse tipo de alimentação estava desaparecendo, e se tornou um ativo do centro”, afirma. Janaína não dá detalhes, mas diz que está direcionando seu potencial criativo para um novo projeto que está sendo desenvolvido: “Penso em muitas coisas ao mesmo tempo e preciso de novos espaços para colocar a criatividade em prática. Quero mostrar minha perspectiva sobre os mercados brasileiros, e este também é um projeto de carreira solo.” Para ela, não existe receita pronta para ideias de sucesso. “É como ligar pontos. Temos aquele monte de informações e de repente surge um pensamento: isso pode existir”, diz ela. “Se a primeira tentativa não funcionar, faço outra criação baseada nesse erro. A ideia muda até funcionar.” *Esta reportagem foi publicada originalmente na revista Época NEGÓCIOS em abril de 2024 Mais Lidas



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