Com mínimas sinalizações do governo em relação ao compromisso fiscal e à manutenção da credibilidade do Banco Central, o mercado de ações poderá viver um novo ciclo de expansão nos próximos anos, disse o gerente da Perfin, Alexandre Sabani. O especialista participou hoje do congresso de investimentos da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).
“O próximo banqueiro central só precisa saber contar mais e menos para calcular os juros reais e manter uma política monetária que traga credibilidade”, disse, referindo-se à manutenção da taxa Selic em patamar restritivo e à ancoragem das expectativas de inflação. “A nossa situação é muito mais fácil em comparação com outras crises, estamos a afogar-nos num copo de água”, acrescentou.
“Ao manter o BC com credibilidade na busca da meta de inflação e mostrar um mínimo de disciplina fiscal, entramos em um ciclo virtuoso muito grande [no mercado de ações]”. Sabani também citou como um fator potencialmente impulsionador para a renda variável no Brasil se houver “vento favorável, com as taxas de juros americanas começando a cair”.
Comparado à crise de 2015 e 2016, pouco antes do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o ciclo atual parece mais favorável, avalia. “Ao contrário daquele momento de 2015, onde os preços nominalmente caíram muito, mas os múltiplos das empresas não se comprimiram tanto, agora os preços nominalmente não caíram tanto, mas os múltiplos estão extremamente comprimidos.”
Isto significa que, comparativamente, há mais espaço no atual ciclo de baixa para obter ganhos no caso de uma melhoria no ambiente. “A atividade está saudável, se não fosse a questão do Rio Grande do Sul estaríamos discutindo um crescimento de quase 3%, com bom emprego. O que temos é uma crise de desconfiança, em parte vinda do BC e, por outro lado, do risco fiscal. Esses dois fatores, se bem executados, seriam um enorme gatilho para o mercado de ações para um ciclo [de expansão] dois a quatro anos.”
Mesmo que o ambiente de incerteza não melhore no próximo ano, “há uma atividade a favor que está a levar os lucros das empresas a crescer, isso por si só é um fator que melhora os múltiplos das empresas, ou seja, o ciclo de atividade continuará a empurrar as empresas tornar-se cada vez mais barato.”
O gestor da Perfin explicou que, neste momento, a alocação em fundos de ações está no segundo nível mais baixo da década. “Ao contrário do ciclo de 2014 a 2016, onde as empresas eram baratas mas as perspectivas a curto prazo eram terríveis, agora as empresas estão saudáveis”, disse ele.
Conteúdo publicado originalmente pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Brasil Valor Econômico
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