Debate presidencial também gerou negociações, mas clima é centro das atenções para soja, milho e trigo Contratos de grãos na bolsa de Chicago fecharam todos no campo positivo nesta quarta-feira (9/11) aguardando relatório de oferta e demanda dos Estados Unidos Departamento de Agricultura (USDA), influenciado pelo clima e até pelas repercussões do debate presidencial. Com vencimento em novembro, as ações da soja subiram 0,33% e os preços fecharam a US$ 9,99725 por bushel. Saiba mais taboola A valorização do farelo de oleaginosas também impulsionou a alta, e mais uma vez os derivativos sustentam os preços. No cenário geopolítico, a desaceleração econômica da China e os riscos da campanha do candidato presidencial dos EUA, Donald Trump, para impor tarifas ao país asiático pressionam as futuras negociações de grãos. Ao final do grão, foram fechados mais de 430 mil contratos. O analista Oliver Sloup, do site Barchart, explicou que com a aproximação da colheita norte-americana, a atenção dos agentes de mercado se volta para qualquer tipo de mudança no clima do cinturão de grãos. Milho Acompanhando a valorização, os lotes de milho com vencimento em dezembro fecharam o pregão de Chicago cotados a US$ 4,0425 por bushel, alta de 0,12%. Na Argentina, o déficit hídrico tem prejudicado as lavouras de milho do país, deixando cerca de metade da colheita em condições inadequadas para o desenvolvimento vegetativo do cereal. “A falta de umidade no Brasil também deu suporte, o que hoje prejudica a primeira semeadura do milho, mas também pode influenciar a segunda safra caso a implantação da soja seja atrasada”, disse a consultoria. Trigo Nas negociações do trigo, a valorização foi de 0,87%, com os contratos para dezembro fechados a US$ 5,7425 por bushel, refletindo lucros obtidos por fundos que buscaram recuperar posições vendidas em meses anteriores. Foi o que avaliou a consultoria argentina. Entre outras preocupações embutidas nas negociações do trigo desta quarta-feira estavam a menor oferta em vários dos principais países exportadores da União Europeia e as condições ambientais adversas na Rússia, principal exportador do cereal, para o fim da colheita da primavera e o avanço de semeadura de inverno, segundo Granar. Ao mesmo tempo, a pressão descendente é gerada pela boa evolução das exportações da Ucrânia e da Rússia, o que poderá provocar quedas específicas nos próximos dias. Granar disse que existe um movimento de “flutuação de Chicago” para grãos. A empresa também alertou sobre as possíveis consequências do furacão Francine, que já entrou na região do Golfo a partir da costa dos Estados Unidos e pode afetar a América Latina, trazendo muitas chuvas e tempestades. Caso a situação se confirme, haverá “desaceleração na colheita do milho forrageiro, além de prejudicar lavouras já maduras e prontas para serem colhidas”.
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