Após o agravamento dos conflitos agrários no Paraná e Mato Grosso do Sul nas últimas semanas, PP, PL e Republicanos entraram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (9/10) para solicitar medida cautelar que autorize a atuação do policiais militares e civis estaduais em casos, inclusive de retirada de invasores de propriedades privadas. No pedido, os partidos políticos denunciam a “inação” dos órgãos federais de segurança pública, como a Força Nacional e a Polícia Federal, na região.
As siglas querem que as forças de segurança estaduais possam atuar para “garantir a ordem pública, atuando na prevenção e repressão aos crimes de peculato possessório, tráfico de drogas, contrabando, peculato e outros cometidos em áreas privadas que estejam em disputa com comunidades indígenas”. A intenção é que as polícias do Paraná e Mato Grosso do Sul possam garantir o cumprimento de ordens judiciais oriundas de áreas de conflito entre produtores rurais e indígenas, incluindo a reintegração de posse de propriedades invadidas.
Na ação encaminhada ao ministro Gilmar Mendes, no âmbito da mesa de conciliação criada no Supremo Tribunal Federal para tratar do prazo de demarcação de terras indígenas, as partes pedem que a “situação inconstitucional na área de segurança pública”, especialmente da Força Nacional e da Polícia Federal na garantia da manutenção da ordem pública nas áreas de conflito no Mato Grosso do Sul e no Paraná, “caracterizando uma violação massiva e generalizada dos direitos fundamentais de um grande número de pessoas”.
Na semana passada, produtores rurais filmaram o momento em que indígenas entraram em confronto com a Força Nacional em uma área do município de Terra Roxa, no oeste do Paraná, e pegaram um fuzil de um dos agentes federais. Na ação, as partes dizem que há “total enfraquecimento do direito à vida, à propriedade e à segurança dos produtores rurais, o que configura uma situação de violação generalizada dos direitos fundamentais”.
As siglas informaram ao STF que houve uma “investida contra propriedades rurais” e uma nova onda de crimes de peculato possessório, invasão de propriedade privada, após a criação da comissão de conciliação e a suspensão dos efeitos da lei 14.701/2023, que estabeleceu o prazo de 5 de outubro de 1988 para novas demarcações de terras indígenas.
O deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), disse ao repórter que tem recebido diversos pedidos de produtores rurais paranaenses para que o governo restabeleça a ordem em áreas de conflito. Embora já tenha solicitado providências ao Ministério da Justiça, nesta semana ocorreram novos confrontos entre civis em Guaíra (PR). “Eles estão esperando o sangue agir? É isso que o governo oferece à sua população rural?”, questionou.
O parlamentar articulou o pedido de medida cautelar ao STF. Na Câmara, Lupion reforçou o pedido de inclusão na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do pedido de convocação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para prestar esclarecimentos sobre as medidas que têm sido adotadas para implementar a Lei 14.701/2023 e o combate às invasões de propriedades privadas por indígenas.
“Não cabe ao governo federal assistir à margem os conflitos agrários, sem agir para superar essas situações que estão inflamadas, principalmente no MS e no PR. São as vidas dos brasileiros no limbo pela ineficácia de um governo que prefere manter a ideologia em vez de seguir a lei”, criticou o presidente da bancada ruralista.
Embora a segurança pública seja dever do Estado, nos casos que envolvem comunidades indígenas e localizadas na fronteira, as forças policiais estaduais ficam impedidas de manter a ordem pública. A atribuição cabe à Polícia Federal e à Força Nacional.
“Com esta grave e concreta violação da segurança pública, após o esgotamento dos mecanismos ordinários e preferenciais (Força Nacional e Polícia Federal) de preservação da ordem pública e da segurança de pessoas e bens, permanece no país um verdadeiro estado de coisas inconstitucional. área de segurança pública em zonas de conflito nos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná”, diz a ação.
“Não resta outra alternativa senão autorizar a atuação colaborativa das Secretarias Estaduais de Segurança Pública na manutenção da garantia da segurança e da ordem nos respectivos Estados”, completa o texto.
Segundo as partes, os conflitos são gerados pela invasão de propriedades de produtores brasileiros por indígenas paraguaios. As siglas relataram casos de agressão física e uso de violência para privar agricultores de seus bens. “A preservação da ordem pública está, sem dúvida, manchada nos entes federados.”
Ao justificar o pedido de medida cautelar, as legendas enfatizaram ao ministro Gilmar Mendes que “esperar mais é perpetuar o atual cenário de total desrespeito aos direitos fundamentais, gerando total instabilidade social no campo”.
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