Lula diz esperar que Venezuela ‘volte à normalidade’ e promete ajudar Roraima com imigrantes | Política

Lula disse ainda que espera que a situação do país volte à “normalidade”.

“O ministro Mauro Vieira está determinado a tratarmos com respeito as pessoas que estão vindo [da Venezuela] por razões de sobrevivência”, disse ele.

“Essas pessoas que estão vindo para cá, para Roraima, precisam ser bem tratadas e o governo federal tem a obrigação de ajudar o estado de Roraima a cuidar da educação dessas pessoas, a cuidar da manutenção dessas pessoas. Não quero que essas pessoas venham para cá e estejam em situação de necessidade ainda maior do que na Venezuela”, acrescentou.

Lula afirmou que irá a Roraima acompanhado de ministros para conversar com o governador, Antonio Denarium (PP), sobre a crise migratória.

“Pretendo, na minha visita a Roraima, conversar com o governador, levar meus ministros, para que possamos tratar com muita responsabilidade e respeito esses milhares de venezuelanos que estão no Brasil. que essas pessoas possam retornar à Venezuela o mais rápido possível”, disse Lula.

A fronteira de Roraima com a Venezuela é a principal porta de entrada de imigrantes do país vizinho no Brasil. Com o impasse em relação às eleições venezuelanas, o fluxo migratório aumentou ainda mais.

Na mesma entrevista, Lula defendeu incentivos às indústrias da Zona Franca de Manaus. “Se conseguíssemos encontrar outra forma de gerar riqueza para o povo da Amazônia sem precisar da Zona Franca, seria ótimo. Mas o facto concreto é que a Zona Franca é muito importante para a região Norte do país”, destacou.

Em seu discurso, o presidente afirmou que o próximo passo é trazer indústrias limpas para a região e criticou a gestão do governo anterior, Jair Bolsonaro, em relação à Zona Franca. “O último governo queria acabar com a Zona Franca, mas o que queremos é trazer mais indústrias limpas.”

“Não causa nenhum problema para o Brasil se tivermos a Zona Franca gerando riqueza para Manaus”, acrescentou.

Exploração de potássio na Amazônia

O presidente também falou sobre a exploração de potássio na região amazônica. Lula afirmou que é preciso avaliar os riscos ambientais, mas que o país precisa se tornar autossuficiente na produção de fertilizantes.

“Teremos que nos tornar autossuficientes em fertilizantes. Isso é inexorável. Já tomamos a decisão de recuperar as empresas que fabricam fertilizantes. Agora, para explorar o potássio na região amazônica, primeiro precisamos fazer uma estudo científico para saber qual é o problema e qual o impacto ambiental”, destacou.

“Não sei especificamente sobre a reserva de potássio na região amazônica, mas posso garantir que, se houver e for fácil de explorar sem causar impacto na sociedade, ela será explorada. [ambiental] na Amazônia lá será mais difícil porque temos que discutir e analisar”, acrescentou Lula