O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Pochmannafirmou nesta quarta-feira (26) que o restrições orçamentárias pode colocar o pesquisa de curto prazo do instituto.
Ao participar do lançamento do Anuário Estatístico Brasileiro (AEB), que pela primeira vez tem versão digital, alertou para possíveis impactos até o final do ano. Isso ocorre porque o orçamento O IBGE disponibiliza recursos para pesquisa, mas não houve liberação financeira desse dinheiro.
“Estamos tendo problemas para gerenciar a pesquisa. Temos o orçamento, mas não temos as finanças. O aspecto financeiro é uma restrição que estamos tendo também para as pesquisas cíclicas tradicionais”, disse o economista, que também mencionou as pesquisas de coleta de preços. O IBGE é responsável pelo cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é referência para inflação oficial no país.
“Há uma sensibilidade para a importância da pesquisa, imagine não ter dinheiro suficiente para fazer pesquisas de preços, coisas assim. Imagino que o governo não permitirá que chegue a esta situação. Vocês estão cientes das nossas dificuldades, não estamos à beira de ter problemas dessa natureza, mas estamos olhando para o ano inteiro, para o semestre inteiro”, ponderou.
Questionado sobre o risco de não realizar pesquisas de curto prazo, Pochmann admitiu que o risco existe. “Se não houver liberação financeira, esse risco está presente”, disse, destacando que as restrições de recursos a que a instituição está sujeita “não são comuns”.
As pesquisas de curto prazo do IBGE são aquelas que acompanham mensalmente a atividade econômica, como a inflação (IPCA); desemprego (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Pnad Contínua); indústria (Pesquisa Setorial Mensal – Produção Física); negócios (Pesquisa Mensal de Comércio); e serviços (Pesquisa Mensal de Atendimento).
O orçamento do IBGE para 2024 gira em torno de R$ 2,7 bilhões, mas 91% desse valor é destinado a folha de pagamentodos quais 60% vão para empregados aposentados.
Pochmann já vinha alertando sobre as dificuldades de garantir recursos para pesquisas maiores, que não fazem parte do orçamento anual do instituto, como o Censo Agrícolaa Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) e a contagem da população (geralmente feita entre um Censo Demográfico e outro).
Segundo o presidente do IBGE, os recursos atuais já permitem a elaboração do Censo Agropecuário, que deverá ser realizado em 2025, mas a situação da POF é mais complicada. O custo da pesquisa está estimado em R$ 20 milhões e, apesar de haver recursos no orçamento, não houve liberação financeira.
“A POF é mais sensível, exigiria recursos de R$ 20 milhões e ainda não temos liberação financeira. Eu entendo, eles estão acompanhando o problema fiscal, mas [se não houver liberação de recursos este ano] pode ser adiado”, notou.
Além disso, o presidente do IBGE também vem destacando a atrasos no pagamento do aluguel e Conta de luz das unidades do IBGE em todo o Brasil. Segundo ele, o instituto gasta cerca de R$ 30 milhões por ano com aluguel, sendo metade no Rio de Janeiro, onde fica sua sede.
Recentemente, algumas agências do Rio de Janeiro foram transferidas para a unidade Parada de Lucas, na zona norte do Rio, bem como alguns funcionários do departamento de Geociências. Pochmann esclarece que, neste último caso, a mudança foi voluntária e não há previsão de transferência de servidores para a Parada de Lucas. “Vamos fazer uma reorganização”, disse ele.
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