Em homenagem ao governo Lula (PT), o União Brasil substituiu nesta terça-feira (10) deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que não seguiram a orientação do partido para agir no sentido de adiar a análise do projeto de lei que anistia os participantes das manifestações golpistas contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT ), em 8 de janeiro de 2023. Mas, após protestos internos, a sigla recuou e afirmou ter sido um erro.
A ação favorável ao adiamento da votação do projeto de anistia partiu do líder do partido na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA)que tenta atrair o apoio do PT para sua candidatura à presidência da Câmara após ser preterido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)que aceitou oficiosamente a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB).
Nascimento tenta colocar Motta como candidato da oposição, já que o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro deve apoiar quem Lira escolher como seu sucessor. Em contrapartida, o PL exige apoio à anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que protestaram e vandalizaram as sedes dos três Poderes da República em Brasília contra a posse de Lula.
Para mostrar que os votos do União Brasil podem ser decisivos para o governo, o partido traçou a estratégia de agir para aprovar pedidos de adiamento da discussão do projeto. Líder da sigla na CCJ, o deputado Arthur Maia (BA) afirmou que o momento, em plena eleição municipal, não é o mais adequado para discutir o assunto e construir um texto justo.
Parte da bancada, porém, se opõe a Lula e ignorou os apelos do comando da bancada. Os deputados Alfredo Gaspar (AL), Rodrigo Valadares (SE), Kim Kataguiri (SP) e Mendonça Filho (PE) votaram contra os pedidos. Apenas Maia e Danilo Forte (CE) foram obstruídos, enquanto outros nove membros estiveram ausentes (incluindo titulares e suplentes).
A votação, segundo fontes, irritou Nascimento, que ordenou a saída dos deputados que ignoravam a estratégia acordada. Menos de 20 minutos depois, porém, foram reconduzidos no cargo, após o parlamentar ser avisado de que isso poderia gerar desconforto dentro do partido e uma “rebelião interna” que atrapalharia ainda mais sua candidatura.
Oficialmente, o partido alegou aos deputados que houve um “erro” na mudança e que foi corrigido logo em seguida. A mudança foi criticada pelo deputado Cabo Alberto Neto (PL-AM) durante a sessão, mas rebatido por Maia, que respondeu ao parlamentar para cuidar da votação do PL. O Valor entrou em contato com Nascimento, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
O voto da anistia chegou a ser exigido por Bolsonaro aos dirigentes sindicais. O ex-presidente ligou para o presidente do partido, Antonio de Rueda, para questionar se a mudança de postura do partido era verdadeira. Mas ele teria ouvido que o partido simplesmente pediria o adiamento da discussão para depois das eleições, para que o assunto pudesse ser considerado com mais calma.
O União Brasil chegou a nomear o relator do projeto, deputado Rodrigo Valadares. O parlamentar se pronunciou a favor da proposta de anistia dos crimes contra o Estado Democrático de Direito e dos crimes político/eleitorais relativos ao dia 8 de janeiro ou ocorridos entre esta data e a data de entrada em vigor do projeto de lei.
O PSD também agiu no sentido de adiar a votação e a maioria dos seus representantes se absteve, com exceção do deputado Cezinha da Madureira (SP). O pré-candidato do partido à presidência da Câmara é o deputado Antonio Brito (BA), que começou a trabalhar com Nascimento para criar uma “frente de governo” na disputa pelo comando da Casa.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo