O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perguntou nesta quarta-feira: “como podemos falar em gastos, se estamos abrindo mão de receber uma quantidade enorme de recursos que os empresários têm que pagar?”
“Vetei a isenção e derrubaram o veto”, disse o presidente em entrevista ao Uol. Governo e Congresso terão até o dia 19 de julho para tentar chegar a um acordo sobre a compensação da desoneração da folha de pagamento dos 17 setores intensivos em mão de obra da economia —nesta data, cumprem-se os 60 dias dados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a proposta a ser apresentada.
Após esse período, conforme decisão do relator, ministro Cristiano Zanin, as empresas serão reoneradas.
“Quando vou isentar uma empresa, quero saber: essa empresa vai manter a estabilidade no emprego? Por quanto tempo ela vai mantê-lo? Porque senão o benefício é só para o empresário”, pontuou.
Segundo estudo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os setores que continuaram com a folha isenta tiveram um crescimento de empregos em torno de 15,5% de 2018 para 2022, enquanto aqueles que tiveram a folha isenta registraram um aumento de apenas 6,8% no mesmo período. Além disso, houve aumento nos salários dos trabalhadores dos segmentos isentos.
“Se a economia está em crise e um setor está mais prejudicado, pode-se usar o alívio fiscal como uma comporta. Você libera e fecha, libera e fecha. Mas aqui no Brasil você isenta o imposto por cinco anos e depois há uma proposta de isentá-lo por mais cinco anos. Podemos consertar isso”, completou Lula.
Atualmente, o modelo de desoneração da folha de pagamento permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Com base no projeto de lei, proposto pela equipe após acordo com o Congresso Nacional, a isenção será mantida este ano e haverá aumento progressivo a partir de 2025.
A alíquota para os setores abrangidos será de 5% da folha salarial em 2025; 10% em 2026; 15% em 2027; e 20% (valor atualmente cobrado de outras empresas que não beneficiam da isenção) em 2028.
O modelo de desoneração da folha de pagamento para setores da economia foi instituído em 2011, como forma de estimular a criação de empregos. Desde então, foi prorrogado diversas vezes. É um modelo de substituição tributária. Juntos, os 17 setores geram cerca de 9 milhões de empregos.
No ano passado, o Congresso prorrogou a medida até o final de 2027. Além disso, estabeleceu que os municípios com população inferior a 156 mil habitantes poderão ter a contribuição previdenciária reduzida de 20% para 8%.
O texto, porém, foi vetado pelo presidente Lula. Posteriormente, o veto presidencial foi derrubado pelo Congresso e, em resposta, o Executivo enviou uma medida provisória prevendo mais uma vez o fim das duas modalidades de desoneração tributária, entre outros pontos da agenda fiscal.
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