Para 62% dos brasileiros que não estudaram inglês, o desconhecimento do idioma não teve impacto na carreira, segundo a pesquisa Opinion Box, realizada pela Pearson no Brasil, Argentina, México, Colômbia e Chile. Por outro lado, o estudo aponta que 33% da população brasileira que não fala inglês se sente prejudicada pela falta da habilidade.
Ainda segundo a pesquisa, 9% dos entrevistados brasileiros afirmam ter nível avançado de inglês, 21% possuem conhecimento intermediário, 50% da população possui entendimento básico e outros 20% afirmam não ter entendimento do idioma. “A falta de domínio do inglês pode ser um dos maiores obstáculos na carreira de um profissional hoje e limitar suas oportunidades, principalmente dentro de um mercado global”, avalia Fernando Lugó, diretor de marketing da Pearson LatAm.
“Os funcionários entrevistados não se sentem capazes de realizar as tarefas do dia a dia”, aponta Lugó. “Carreiras ligadas à tecnologia têm forte ligação com o inglês. As oportunidades de emprego estão abertas e as empresas têm dificuldade em contratar pessoas para esses cargos”, acrescenta.
Entre os países analisados, a população do México mostrou-se mais confiante em todas as atividades listadas, pois quase metade da sua população possui conhecimentos intermediários ou avançados de inglês (48%). “O México está geograficamente mais próximo dos Estados Unidos do que o Brasil. Então, naturalmente, para esse mercado esta é uma preocupação maior. Existem possibilidades de emprego e de negócios”, aponta o diretor de marketing da Pearson.
Lugó afirma ainda que quando um funcionário não sabe inglês pode gerar uma perda “gigantesca” de rendimento para a empresa. “Se uma pessoa precisa do dobro ou do triplo do tempo para realizar uma tarefa simples do dia a dia, isso afeta a produção. É fundamental que os funcionários desenvolvam o inglês para ganhar produtividade”, afirma.
Por outro lado, para Karen Fontana, diretora da Springpoint e FutureBrand São Paulo, saber inglês não é sinônimo de performance. Ela acredita que a língua inglesa é muitas vezes vista no Brasil como um símbolo de status e não representa uma habilidade necessária em todos os cargos. O diretor também reflete sobre a desproporcionalidade entre o número de vagas publicadas que exigem inglês – 60%, segundo pesquisa da Page Personnel (2023) – e o número de pessoas que de fato dominam o idioma no território nacional (9%).
“A verdadeira inovação vem de equipes diversas que operam em ambientes psicologicamente seguros, onde a inclusão e a multiplicidade de ideias são valorizadas”, afirma Fontana.
Ela comenta ainda que o hábito de contratar apenas pessoas que falam inglês leva à exclusão de perfis diversos, limitando a entrada de talentos que possam contribuir com novas perspectivas. O especialista entende que as empresas e os candidatos podem apostar em atributos como pensamento criativo, adaptabilidade, flexibilidade e literacia digital, “fatores que de facto terão valor face ao contexto económico e tecnológico dos próximos anos”.
“Se o inglês é realmente necessário para a sua empresa, oferecer cursos, parcerias com instituições de ensino ou implementar ferramentas de tradução podem ajudar”, sugere o diretor da Springpoint. Lugó, por sua vez, concorda que as empresas precisam promover o desenvolvimento interno dos colaboradores, bem como flexibilizar os processos de contratação. O executivo finaliza indicando o uso de aplicativos que medem o nível de inglês dos funcionários. “A partir desse diagnóstico é possível criar um plano de desenvolvimento personalizado para atender às necessidades de cada pessoa”, observa.
Sob a supervisão de Fernanda Gonçalves
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