As bioquímicas Laura Tirkkonen-Rajasalo e Suvi Haimi trabalhavam como pesquisadoras acadêmicas na área de biomateriais quando tiveram a ideia de aplicar seus conhecimentos para lançar uma alternativa ao plástico para embalagens de cosméticos.
“Queríamos usar a nossa experiência para construir algo fantástico e fomos muito impactados pelo problema da poluição plástica”, afirma Laura, cofundadora e, atualmente, Diretora de Conformidade da empresa finlandesa de biomateriais Sulapac.
A empresa nasceu em 2016 na capital finlandesa, Helsínquia, e desde então tem colecionado prémios pela inovação sustentável e contribuições de investidores interessados num substituto para o plástico. Fabricado com insumos naturais, como sobras de madeira normalmente descartadas pelas indústrias madeireiras, o material Sulapac é biodegradável, reciclável e compostável, não gera microplásticos e tem pegada de carbono reduzida em comparação ao plástico.
A primeira aplicação do produto foi no setor cosmético, mas nos últimos anos a oferta se expandiu para outras indústrias. Hoje, o portfólio inclui canudos, bandejas para alimentos, talheres e embalagens de suplementos. Em 2022, a empresa desenvolveu um material customizado para a marca de luxo Chanel, utilizando sementes residuais de camélia da produção de um perfume, para integrá-las à tampa do frasco do produto.
Em oito anos, a empresa desenvolveu 12 receitas de materiais, todas de base biológica, para fabricar produtos através de diferentes métodos industriais. O objetivo inicial de substituir o plástico na maioria de suas aplicações foi alcançado quando a Sulapac conseguiu integrar seu material às linhas de produção de embalagens convencionais, com a mesma velocidade de fabricação.
Com clientes na Europa, América do Norte, Japão e Médio Oriente, e angariando 38 milhões de euros em três rondas de investimento, a Sulapac está a escalar a operação e conta com a recente regulamentação da União Europeia (UE) sobre plásticos – em português, Regulamento de Embalagens e Resíduos de Embalagens – como aliado para avançar. “Estamos muito envolvidos nas discussões com os decisores políticos e vemos sinais positivos para a evolução dos materiais circulares na Europa”, afirma Laura.
Um dos planos da empresa para o futuro é aumentar o número de soluções circulares no portfólio. A Sulapac está atualmente realizando um projeto piloto em restaurantes da Europa com copos que podem ser reaproveitados até 250 vezes, e reciclados quimicamente para retornar à linha de produção de embalagens de alimentos, fechando o ciclo da indústria.
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