Perto de atingir a marca de três milhões de cotistas, é impossível negar que os fundos imobiliários se popularizaram entre os investidores. Não só pela possibilidade de se expor ao mercado imobiliário, paixão antiga dos brasileiros, via mercado de capitais, mas pela oportunidade de construir renda passiva no longo prazo.
Pela legislação de classe, os fundos imobiliários são obrigados a distribuir pelo menos 95% dos lucros aos cotistas. Essa renda é isenta de imposto de renda e costuma ser paga mensalmente.
Os ganhos que caem na conta todos os meses são bastante atrativos, não é por acaso que é uma das características da classe que mais atrai novos investidores, mas para investir com o objetivo de gerar renda é preciso entender a dinâmica de remuneração de fundos imobiliários.
No caso dos fundos “tijolo”, cujas carteiras investem em imóveis físicos, existem duas possíveis fontes de rendimento: valorização dos imóveis e ganhos decorrentes de aluguéis.
Numa carteira diversificada, explica Carolina Borges, analista da EQI Research, os retornos tendem a variar pouco de mês para mês, mesmo com vencimentos de contratos ou mudanças de locatários ao longo do tempo.
Porém, lembra o especialista, o índice de ajuste de valores de imóveis e aluguéis é, em geral, o IPCA e, em alguns casos, o IGP-M. Se o custo de vida do investidor (inflação pessoal) subir acima do IPCA, por exemplo, ele poderá perder o poder de compra de sua renda no longo prazo.
“Portanto, o investidor precisa projetar os rendimentos futuros dos fundos imobiliários e não os rendimentos que foram pagos no passado”, diz Borges. O especialista alerta ainda que, em algumas situações, o reinvestimento de parte dos dividendos pode ser necessário como margem de segurança.
Em relação aos fundos “de papel”, que investem em diversos títulos de renda fixa do setor imobiliário, a dinâmica de remuneração é diferente. “Por se tratar de uma cesta de títulos de dívida, o fundo entrega correção monetária (IPCA, CDI, IGP-M ou outra) acrescida de juros”, explica Borges.
O rendimento mensal pago pelos fundos de papel costuma ser maior, pois não é esperada valorização do ativo. Neste caso, destaca o analista, é necessário reinvestir parte da remuneração recebida para manter a valorização real dos ativos.
É preciso levar em consideração alguns aspectos na hora de investir em fundos imobiliários para fins de renda. O primeiro passo é definir quanto o investidor vai querer receber de renda passiva por mês e, posteriormente, quanto será necessário investir para atingir o valor estipulado.
O segundo passo é pensar na estratégia que será utilizada para formar a carteira, como os tipos de fundos imobiliários, a exposição ao papel e os termos contratuais dos ativos.
Para obter R$ 5 mil de lucro líquido mensal com uma carteira voltada para perfil de risco moderado e com foco tanto no rendimento quanto na valorização de ativos, por exemplo, serão necessários cerca de R$ 600 mil aplicados em fundos imobiliários.
Vale ressaltar que esse valor pode variar dependendo da estratégia adotada pelo investidor. Segundo Borges, uma carteira mais ousada pode incluir mais fundos imobiliários de papel de alto risco (alto rendimento), o que tende a causar maior volatilidade no preço das ações e, por outro lado, maior rentabilidade mensal.
Imobiliários ou fundos imobiliários: o que é melhor para o rendimento?
Em geral, uma carteira diversificada de fundos imobiliários tende a ser mais rentável e eficiente para fins de renda passiva em comparação ao aluguel de um imóvel.
“O investidor ganha na diversificação de locatários, acessando imóveis de alta qualidade em diversos setores da economia. Mesmo com os custos envolvidos com a gestão e administração de fundos imobiliários, a rentabilidade final é superior ao investimento direto em imóveis e também tem isenção de imposto de renda para pessoas físicas, o que não acontece com as receitas de aluguel”, argumenta. , do EQI.
Há ainda vantagens burocráticas, em que o investidor não precisa se preocupar com negociações com inquilinos, reajustes de aluguel, compra e venda de imóveis e liquidez.
É importante considerar, porém, que os fundos imobiliários, apesar de possuírem características de renda fixa, são ativos negociados em bolsa, ou seja, suas cotas oscilam diariamente.
Como nem todo investidor se sente confortável com a volatilidade da renda variável, vale entender melhor como funciona a dinâmica da classe antes de tomar qualquer decisão de investimento, principalmente quando se trata de geração de renda passiva para o horizonte de longo prazo.
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