Quem foi ao Expert XP 2024 para assistir à palestra “Oportunidades além dos gigantes da bolsa” pode ter se frustrado. Foram apresentadas chances de bons retornos ao longo dos anos e, no final das contas, é isso que importa, claro.. Mas as recomendações dos palestrantes dominaram, justamente, velhos conhecidos.
Louise Barsi, sócia fundadora da AGF; Cesar Paiva, sócio fundador e gestor da Real Investor; e Marcos Peixoto, gerente da XP Asset; ficaram divididos em defender que existem, sim, muitas oportunidades no mercado de ações. Empresa com boas perspectivas de geração de caixa e pagamento de dividendos ao longo do tempo, mas cujas ações foram penalizadas em pelo menos 15 anos de turbulência na economia nacional.
Lousie Barsi orou pela orientação de seu pai, Luiz Barsi Filho, um dos investidores pessoais de maior sucesso na bolsa de valores brasileira. Segundo ela, o foco dos investidores deveria ser a distribuição de dividendos constantes ao longo do tempo, “É o melhor sinal de que a empresa está saudável”, afirma. “Esse acaba sendo um dos indicadores mais importantes para saber se, no futuro, a empresa continuará sendo uma boa geradora de caixa e lucro para os acionistas.”
Não é por acaso que estas são as empresas mais conhecidas do grande público. Vendedores de commodities e grandes bancos que, a cada verão, vão e vêm, dominam grandes fatias do PIB nacional e da composição do Ibovespa. Em outras palavras, os “gigantes”.
OK. Mas em qual apostar?
Nos “impopulares”, diz ela. “A Vale, por exemplo. A empresa tem sido cercada de muito pessimismo, principalmente por causa das dúvidas sobre o crescimento da China. Há também o Banco do Brasil, muita gente falando sobre o momento ruim da agricultura [a carteira de crédito do banco é muito dedicada ao setor] ou por causa de risco político. As narrativas não são favoráveis, mas são ótimas empresas e vão superar esses momentos adversos. E quem vai ganhar dinheiro? Quem já ocupa esse tipo de função tem resiliência e, quem sabe, pode vendê-la para quem ainda não o fez.”
Além dessas empresas, o executivo vê com bons olhos outras que vão além do tradicional, como BradescoBB Seguridade e Cemig. “Eles continuam fazendo o básico, feijão e arroz, e fazem bem.”
Paiva, da Real Investor, segue uma linha de pensamento semelhante. “É preciso investir entendendo a diferença entre preço e valor. Passe algum tempo entendendo se o negócio em questão oferece valor e se o preço cobrado pelas ações é justo. Veja se a empresa é boa, lucrativa, tem poucas dívidas e tem perspectivas de crescimento no longo prazo. E aproveitar a perspectiva “maníaco-depressiva” do mercado, que muitas vezes mantém o preço das ações destas empresas muito baixo.”
Ok, e quem cabe nessa caixa hoje em dia? Novamente, nenhuma invenção, embora aqui e ali sejam mencionadas algumas empresas que não são tão “gigantes”.
“No setor financeiro, gosto Porto Seguro e BB Seguridadeambas empresas bem equilibradas, gerando caixa e dividendos, além do Bradesco, Banco do Brasil e Banrisul. Há também o setor de utilidades, com Neoenergia, Eletrobras e Sanepar. No setor imobiliário destaco a Allos e a Alog. E, entre as construtoras, a MRV”, disse, antes de sugerir duas ações da “velha guerra” do Brasil: “Vale e Petrobras são duas grandes máquinas geradoras de dinheiro.”
Peixoto, da XP, ainda pediu desculpas ao público porque teve que ser repetitivo em relação aos colegas palestrantes. E, igualmente, apontou um caminho através das rochas que é bem conhecido dos investidores mais conservadores do mercado de ações.
“Entre os bancos, hoje estou com Banco do Brasil e Bradesco. Entre concessionárias, Eletrobras e Sabesp”, diz. Afastando-se um pouco do bom senso apresentado em palco, lançou luz sobre as empresas mais sensíveis aos interesses, que são fortemente penalizadas e hoje já não o são. “Começamos a reduzir algumas dessas posições para migrar para o varejo, para empresas como Renner, Vivara e Azzas 2154 [fusão recente entre Soma e Arezzo]. São empresas das quais normalmente não gostamos, mas pelo preço hoje faz sentido comprar. E também temos estado a olhar para o sector da educação, pela mesma razão.”
De qualquer forma, os gigantes do mercado de ações não são gigantes por acaso. E quem quiser reinventar a roda tem boas chances de quebrar seu banco.
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