Um dia depois Revista Luiza anunciar parceria com Varejista chinês AliExpressas ações da empresa saltaram 12%. O acordo foi visto por alguns como um “traição”já que os líderes da empresa já criticaram os gigantes asiáticos do comércio eletrônico em outros momentos.
O anúncio do acordo, que entra em vigor a partir do terceiro trimestre este ano, isso foi feito na última segunda-feira (24). Resumindo, o AliExpress se tornará varejista no marketplace Magalu, de uma linha específica de produtos. A varejista brasileira venderá seus itens na plataforma da empresa chinesa.
O mercado, no entanto, dividido em relação ao acordo. Alguns viram a parceria como uma traição, já que o líderes da empresa, como Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração, e Frederico Trajano, atual CEO, vêm adotando posicionamento crítico em relação a questões como entrada de produtos falsificados no país, sonegação fiscal e tributação de compras internacionais, segundo investigações do Valor.
Luiza é conhecida por falar publicamente sobre seus posicionamentos. A empresária é conselheiro do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), que foi uma das entidades posicionadas a favor da “tributação de blusas” ou “tributação Shein”, que devolve a tributação para compras de até US$ 50 para compras internacionais.
Além disso, entre os empresários do varejo, foi a Luiza quem empatou articulação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir uma nova alíquota de imposto de importação para embarques abaixo de US$ 50, conforme apurou o Valor.
O pedido inicial do setor era de 25% de imposto e fim da isenção, mas o percentual foi fechado em 20% em junho, quando já estavam em andamento negociações entre Magalu e AliExpress. Tanto AliExpress quanto Shein foram contra o fim da isenção. Shopee, no entanto, disse que era favorável aos impostos de 20%.
Além disso, o Magalu foi uma das empresas que popularizou o uso do “camelódromo digital“, Referir a produtos enviados do exterior para o Brasil e que burlariam a legislação tributária do país.
Em entrevista ao jornal “O Globo“em junho deste ano, a empresária afirmou que o resultado da taxação de importações de até US$ 50 foi justo e que a luta dela não é pela Magazine, cujo ticket —gasto do consumidor— é maior, mas pelas pequenas e médias empresas.
Na ocasião, Luiza disse que As empresas brasileiras precisam ter os mesmos direitos que as empresas estrangeiras para continuarem gerando empregos e manter a isenção para importações mais baratas não seria um problema, desde que o mesmo benefício fosse aplicado também às indústrias nacionais.
“Não taxar compras de até US$ 50 seria bom, mas teria que dar os mesmos direitos às empresas brasileiras. A nossa luta foi para garantir que se os importadores fossem isentos até 50 dólares, eles dariam a mesma isenção até 50 dólares para nós. Foram mais de 20%, não foi o ideal, mas há algo pelo que lutar de igual para igual”, disse na entrevista.
“Não pagar impostos é assunto da China”
Em março do ano passado, também no “O Globo”, Luiza afirmou o que “não tem como competir quando você paga 37% de imposto e o outro não paga nada” ao falar sobre rivais asiáticos que operam no Brasil.
“Não pagar impostos é um negócio chinês. Isso vai tirar empregos do Brasil. Estamos trabalhando para conscientizar o consumidor. Queremos ter as vantagens que os outros têm. O consumidor tem que ter consciência de que estamos dando um tiro no próprio pé. Então dê para nós o que o outro tem (vantagem)”, disse Luiza.
“No Brasil, ser estrangeiro virou vantagem competitiva”
Em entrevista com Valor, o presidente da empresa, Frederico Trajano, também criticou concorrentes estrangeiros. O executivo comentou que as mudanças regulatórias nas remessas internacionais de até US$ 50 — apesar de trazerem certo risco ao varejo — são importantes e afetam as vantagens dos estrangeiros.
“No Brasil, ser estrangeiro se tornou uma vantagem competitiva, espero [isso] mudar porque não faz sentido”, disse Frederico.
A empresa informou que apenas 3% das suas vendas brutas totais (GMV) eram “suscetíveis ao risco transfronteiriço”, disse o CEO. São produtos de baixo valor explorados por plataformas estrangeiras, como artigos de moda.
A empresa tem aumentou sua participação nessa faixa de preço mais baixa – de R$ 200 a R$ 1 mil, utilizando o marketplace como complemento.
“Seus maiores concorrentes são vendedores da China”
Em 2022, em ele fala Feito em evento em Maceió ao lado de Luiza, Trajano falou sobre o cenário de concorrência, crise e adaptabilidade dos negócios do país e abordou o tema da concorrência com os chineses.
“Seus maiores concorrentes são vendedores da China, que vendem diretamente de lá sem cobrar imposto aduaneiro. Se você, empresário, não entrar na Internet, perderá negócios não para o concorrente vizinho, mas para o vendedor na China […] É necessário que [vocês] esteja preparado. Muitas pessoas confundem digitalização com destruição do passado, mas na verdade trata-se de capacidade de adaptação ao cenário atual.”
“Não vou esperar uma empresa estrangeira ser protagonista digital no Brasil”
Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo“em 2020, Frederico falou sobre a estratégia de impulsionar os negócios online e conquistar a liderança nas vendas digitais no país. Na entrevista, o executivo falou do Magalupay, carteira de pagamentos da empresa, como uma luva dentro das táticas da empresa, citando concorrentes como o Alibaba , que tem Alipay.
“Não vou esperar que uma empresa estrangeira seja player digital no Brasil, seja ela chinesa, argentina ou americana”, disse o executivo, referindo-se aos gigantes Alibaba, Mercado Livre e Amazon.
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