Entre julho e agosto deste ano, 593 trabalhadores em situação análoga ao trabalho escravo foram resgatados no país. O número é 11,65% superior ao registrado na mesma operação em 2023. Os estados que mais tiveram pessoas resgatadas foram Minas Gerais (291), São Paulo (83), Distrito Federal (23) e Mato Grosso do Sul (13) . Quase 72% do total dos resgatados trabalham na agricultura, outros 17% na indústria e cerca de 11% no comércio e serviços.
A ação está no âmbito da Operação Resgate IV, formada por órgãos federais responsáveis pelo monitoramento e resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão. Participam o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Nas zonas rurais, as actividades económicas que registaram mais vítimas foram as do cultivo de cebola (141), de horticultura (82), de café (76) e alho (59) e cultivo de batata e cebola (84). Na zona urbana, fabricação de álcool (38), administração de construção (24) e atividade de psicologia e psicanálise (18) são os setores que se destacam. Duas empregadas domésticas também foram resgatadas.
O A operação também flagrou 18 crianças e adolescentes submetidos ao trabalho infantil, dos quais 16 também estavam em condições análogas à escravidão. Os estados do Amapá, Distrito Federal, Mato Grosso e Minas Gerais registraram esses casos.
Ao longo do mês de agosto, os trabalhadores resgatados já receberam cerca de R$ 1,91 milhão em verbas rescisórias, informou André Roston, coordenador-geral de Fiscalização de Erradicação do Trabalho Análogo ao Escravo e ao Tráfico de Pessoas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A estimativa total, porém, é de R$ 3,46 milhões em indenizações, já que muitos desses pagamentos ainda estão em negociação e poderão até ser levados à Justiça, se for o caso.
O vice-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Alberto Raposo, destacou que “pessoas têm sido resgatadas em situações totalmente degradantes”.
O vice-procurador-geral do Trabalho, Fábio Leal, afirmou que os resgatados sabem que estão sendo submetidos à exploração laboral. “Eles sabem que estão sendo explorados, mas não têm outra opção. São enganados, geralmente com a promessa de um salário vantajoso, mas quando chegam às condições de trabalho veem que é muito diferente”, destacou Leal. Na mesma linha, Roston afirmou que os trabalhadores nem sempre sabem exatamente qual é o crime, mas entendem que as condições de trabalho não são adequadas.
Roston explicou ainda que muitos empregadores cometem o crime de exploração laboral porque “o cálculo económico é muito vantajoso”.
A PF tem 482 inquéritos policiais abertos para apurar crimes em todo o país. Minas Gerais é o estado com mais investigações, com um total de 86. São Paulo tem 66 e Pará, 47. Com a Operação Resgate IV, só em agosto, foram abertas 33 investigações. Ao longo deste ano, 16 pessoas já foram presas.
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