Contratos agrícolas cedem em Nova York, com exceção do algodão

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Preços do cacau, café e açúcar abriram o dia em queda As commodities listadas na Bolsa de Nova York estão sob influência de contextos geopolíticos e econômicos, com dólar, clima e guerras. Além disso, os factores técnicos acomodam as descidas. +Veja mais cotações na ferramenta Globo Rural Nesta manhã, o cacau rende mais, operando em queda de 1,60% no caso dos contratos com vencimento em julho, que são os mais negociados no momento. Uma tonelada de amêndoas custa US$ 7.850. As principais razões para esta queda repentina são a redução da moagem nas indústrias, que enfraquece a demanda, e as condições climáticas nas origens produtoras da África, que causam incerteza quanto à próxima safra de outubro. Café O café arábica, após alta técnica na véspera, registrou queda na bolsa americana no início do pregão. O preço dos lotes de julho está em US$ 2,3720 por libra-peso, uma queda de 0,34%. Mesmo assim, o mercado de grãos vive oscilações técnicas que surpreendem investidores e produtores, que seguram sacas em busca de preços mais elevados. A principal influência do Robusta na Bolsa de Valores de Londres não mudou, nem as condições meteorológicas no Vietname, cuja incerteza coloca os investidores em alerta. Sem mudanças fundamentais, os analistas concordam que o mercado cafeeiro irá variar, sem picos extremos ou mínimos resistentes. Segundo Eduardo Carvalhaes, sócio e especialista em mercado de café do Escritório Carvalhaes, o clima ainda dita regras sobre os preços dos Arábicas e Robustas, embora em Nova York as condições da colheita brasileira ainda não estejam aparecendo nos movimentos dos investidores. “Com o clima quente e seco, a colheita de café avança rapidamente em todas as regiões produtoras e o declínio da produção para a nova safra 2024/2025 se consolida. Os problemas climáticos persistem nos principais países produtores e eventos extremos ocorrem em todo o mundo”, ele avalia. Carvalhaes acrescenta que o contexto de guerra entre Rússia e Ucrânia, Israel e Hamas, além dos ataques no Mar Vermelho, mostram mais uma vez ao mercado que “os problemas com o trânsito marítimo do café não vão acabar tão cedo”. “Esse cenário, agravado pelos baixos estoques, tanto nos países produtores quanto nos consumidores, continuará trazendo insegurança aos operadores e fortes oscilações nos preços do café em Nova York e Londres”, explica. Açúcar O açúcar também cai. A queda dos títulos com vencimento em julho nesta manhã é de 0,57%, com o demerara cotado a 19,30 centavos de dólar por libra-peso. Algodão O algodão, que após cair novamente na bolsa americana, é negociado a 73,04 centavos de dólar por libra-peso, alta de 1,05%. Este ajuste técnico nas negociações ocorre depois que a pluma acumula mínimos históricos.



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