Dez dias após o início oficial da campanha, os deputados Guilherme Boulos (Psol) e Tabata Amaral (PSB) lideram as arrecadações na disputa pela Prefeitura de São Paulo, com repasses feitos por seus partidos. Até a tarde desta segunda-feira (26), Boulos recebeu R$ 14 milhões do Psol e Tabata, e R$ 10,7 milhões do PSB, segundo dados fornecidos por candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) reforçou o faturamento de sua campanha com doações via Pix, a maioria provenientes de CPFs fora do Estado de São Paulo.
Boulos recebeu, até agora, o R$ 14 milhões repassados pela direção nacional do Psol (99,54% do total arrecadado pelo deputado) e R$ 65,3 mil em financiamento coletivo. O PT, que indicou o ex-prefeito Marta Suplicy para o vice-presidente, ele prometeu R$ 30 milhões, mas a receita ainda não está incluída no que foi declarado pelo candidato à Justiça Eleitoral.
A campanha de Boulos teve gastos de R$ 1,2 milhão – o limite de gastos no primeiro turno é de R$ 67,27 milhões. Foram gastos R$ 480,8 mil com aluguel de móveis e imóveis, R$ 481 mil em eventos de divulgação da candidatura, R$ 166,67 mil na produção de publicidade para rádio, televisão e internet e R$ 120 mil na divulgação de conteúdo nas redes sociais.
Tabata também recebeu a maior parte de seus recursos, até o momento, do partido. O PSB nacional transmitido R$ 10,7 milhões, 97,53% do total. Outros R$ 271 mil são doações individuais. Há valores doados pelo economista Armínio Fraga (R$ 100 mil), da gestora de investimentos Marco Racy Kheirallah (R$ 50 mil) e Rodrigo Wright Pipponzi (R$ 20 mil), herdeiro da rede de farmácias Droga Raia e fundador da Editora Mol. Há também doações por meio de plataforma de crowdfunding (R$ 46,5 mil). Em despesas, há registro de gastos com taxa de administração da plataforma de “captação de recursos”.
O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB)registou uma receita de R$ 3 milhõesde recursos doados pela direção nacional do Podemos, o único dos 12 partidos que compõem a chapa de doação até agora. Nenhuma despesa foi declarada até o momento.
O ex-técnico e influenciador digital Pablo Marçal declarou renda de R$ 842,9 mil, sem recursos partidários até o momento. Ele também não utilizou recursos próprios, apesar de ser o candidato com maior patrimônio declarado, R$ 169,5 milhões. A principal aposta para aumentar o caixa foram as doações por meio do Pix. Do total informado até agora, 67% foi feito por CPFs fora de São Paulo. O site do TSE contém cerca de 15 mil doações.
Boulos e Tabata também receberam recursos de doadores com CPF de outros estados, mas a proporção é inversa —cerca de 60% dos documentos estão registrados em São Paulo.
No caso de Marçal, a maior parte das doações é distribuída entre eleitores com CPF de diferentes estados, principalmente da região Centro-Oeste, com cerca de 12% —Marçal nasceu em Goiânia. Eleitores com CPF de cidades do Sul e de Minas Gerais, locais onde o bolsonarismo é forte, representam 22% das doações.
Muitas dessas contribuições valem até R$ 100. Os dois maiores doadores da campanha de Marçal até agora são o bilionário Hélio Seibel e Hélvio Paulo Ferro Filhoque doaram R$ 100 mil cada. Bolsista, Helio Seibel é empresário do agronegócio e da indústria de celulose, fundador da Leo Madeiras, HS Investimentos, acionista e membro do conselho da Dexco S.A. e da Klabin S.A. Em 2022, o empresário doou R$ 1,3 milhão para cinco campanhas, incluindo a do o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Ricardo Salles (Novo-SP), que tentaram ser o candidato de Bolsonaro a prefeito, mas não obtiveram apoio. Helvio Paulo Ferro Filho, outro doador de R$ 100 mil, já foi preso por porte ilegal de arma.
Marina Helena (Nova) recebeu R$ 715.010, 97,9% de seu partido, por meio dos diretórios nacional e municipal. É a primeira eleição em que Novo autoriza o uso de recursos públicos para campanha. São duas doações de pessoas físicas: Joel Antonio Bronzatto Pagan doou R$ 15 mil e João Bezerra Silva Neto, R$ 10 mil. O candidato ainda não declarou despesas.
O apresentador José Luiz Datena (PSDB) Ele ainda não informou receitas ou despesas de sua campanha à Justiça Eleitoral.
As informações sobre as doações são públicas e podem ser consultadas na página de divulgação de inscrições e contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O limite de gastos para candidatos a prefeito da capital paulista, no primeiro turno, é de R$ 67.276.114,50. O valor foi definido pela Justiça Eleitoral. Os candidatos ainda não apresentaram despesas. De acordo com cronograma estabelecido pelo TSE, a prestação de contas parcial deverá ser apresentada entre os dias 9 e 13 de setembro.
Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (22), Boulos tem 23% das intenções de voto, seguido por Pablo Marçal com 21% e Ricardo Nunes (MDB), com 19%.
José Luiz Datena tem 10% e Tabata Amaral (PSB), 8%. Marina Helena (Novo) tem 4%. Os votos em branco e nulos somam 8% e os entrevistados que não souberam responder, 4%.
Boulos, Nunes e Marçal estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro da pesquisa, mais ou menos três pontos percentuais.
Em duas semanas, Marçal cresceu sete pontos percentuais, passando de 14% para 21%, segundo pesquisa anterior do Datafolha, feita no início de agosto. Boulos oscilou de 22% para 23% e Nunes caiu de 23% para 19%. Datena tinha 14% na pesquisa anterior e agora, 10%. Tabata oscilou de 7% a 8%.
A pesquisa foi realizada na terça (20) e na quarta (21) e foi encomendada pelo jornal “Folha de S. Paulo” e pela Rede Globo. Foram entrevistados 1.204 eleitores na capital e a pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-08344/2024.
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