Nesta terça-feira (25), o Banco Central explicou a decisão por meio da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Nele, a autoridade monetária afirma que “As expectativas de inflação mostraram uma desancoragem adicional desde a reunião anterior“. Para quem não lembra, ainda naquela reunião o BC já havia sinalizado que as preocupações com a inflação eram crescentes. Não é de surpreender que a autoridade monetária tenha optado por reduzir, pela primeira vez, a magnitude dos cortes da Selic, promovendo uma queda de apenas 0,25 ponto percentual, diferente dos cortes de 0,5 ponto percentual realizados anteriormente.
Mas afinal, o que são essas “expectativas não ancoradas”?
São projeções de inflação distantes da meta perseguida pela autoridade monetária no chamado “horizonte relevante” da política monetária. Neste caso, de 2024 em diante. Nos próximos anos, a meta de inflação é de 3% ao ano, mas pelo que mostra o Boletim Focus, as expectativas do mercado estão bem acima disso.
Essas expectativas são importantes por ter um certo poder de autorrealização. Ao esperar uma inflação mais elevada no futuro, Produtores acabam aumentando os preços para se protegerem do aumento dos custos. Os consumidores antecipam as intenções de compra.
E, na prática, esta esperada inflação mais elevada pode acabar por se concretizar. Nesse cenário, se o BC relaxar a política de juros, corre o risco de dar a impressão de uma inflação ainda mais descontrolada no futuro.
E agora? O que dizem as atas?
A resposta do Banco Central para o que acontecerá daqui em diante é: “depende”. E muitos fatores. Na ata do Copom, a autoridade monetária afirma que “a política monetária deve permanecer contracionista por tempo suficiente“. Simplificando: as taxas de juros devem permanecer elevadas até que haja algum sinal de que é seguro reduzi-las sem que isso impacte negativamente a inflação e o cenário macroeconómico.
No documento, o Banco Central reforça que “Quaisquer ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso com a convergência da inflação para a meta“.
É importante lembrar que, recentemente, o presidente Lula (PT) fez duras críticas em relação ao nível das taxas de juros. Segundo o presidente, a Selic está em 10,5% “sem nenhuma explicação ou qualquer critério”.
Apesar das críticas de Lula, ponto importante que, pelo menos inicialmente, foi visto de forma positiva pelo mercado, foi o fato de a decisão ter sido unânime. Para quem não lembra, na reunião anterior, a decisão foi dividida entre os dirigentes indicados por Lula (que preferiram um corte maior, de 0,5 ponto percentual) e os demais que foram maioria e optaram pelo corte mais brando, de 0,25 ponto percentual.
O Banco Central reforçou esse ponto na ata, destacando que “concluiu-se por unanimidade que era necessária uma política monetária mais contracionista e mais cautelosa”.
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