Mesmo depois de 300 mil anos de convivência planetária, continuamos encantados pelo céu. No início da semana passada, quando astrônomos amadores de todo o mundo e astrofotógrafos se preparavam para observar a esperada “super lua azul”, dois outros fenômenos celestes surpreenderam e, de certa forma, intrigaram os observadores: um arco-íris noturno e um amanhecer com sete sóis.
Na noite anterior à super lua azul (18), pelo menos dois raros arco-íris lunares ocorreu nos céus dos EUA. Chamados de “double moonbow” em inglês, são, na verdade, arco-íris lunares duplos, ou seja, com dois arcos concêntricos: um externo e secundário mais fraco, e outro primário refletindo as cores do espectro, embora o olho humano não seja capaz para capturar todos eles.
No mesmo dia porém, de madrugada, ocorreu outro fenômeno ainda mais impressionante: ao abrir a janela de sua casa, um morador da cidade chinesa de Chengdu, me deparei com sete sóis nascendo. Para não parecer maluco, ele filmou a cena e o vídeo naturalmente viralizou nas redes sociais.
Como a ciência explica o arco-íris lunar?
Arco-íris duplo capturado na madrugada de 18 de agosto de 2024.Fonte: Aaron Watson/Fotografia Skies Alive/Divulgação
O “mecanismo” por trás de um arco-íris lunar é o mesmo do seu “primo” solar, ou seja, a luz da estrela (neste caso a Lua, que é um reflexo da luz solar) passa por gotículas de água suspensas no ar. Esta luz é então refratada (desviada), dispersando-se e separando-se nas diferentes cores do espectro visível.
Mas para que o fenômeno seja perceptível é necessário que a lua está próxima ou em sua fase mais cheiae inferior a 42°, ou seja, baixo no céu, mas acima do horizonte. É necessário também que o céu esteja bem escuro e que haja algum tipo de precipitação para formar as gotas d’água na frente da estrela.
Mesmo que todas essas condições sejam atendidas, a luz da lua, mesmo de uma superlua, é um pouco fraca para que os receptores de detecção de cores em nossos olhos funcionem corretamente, o que nos impede de capturar a totalidade do espectro “ROYGBIV”. Essas letras são a sigla em inglês para a sequência das cores de um arco-íris, na ordem em que aparecem, de fora para dentro do arco.
Parélio solar: como acordar com sete sóis na janela?
A multiplicação de sóis registada pelo cidadão chinês é ainda mais rara do que os duplos arco-íris lunares, e resulta de uma combinação de factores: na verdade, de dois fenómenos ópticos que provocam uma ilusão de óptica na atmosfera. Conhecido como parélio, o fenômeno resulta de luz solar passando por cristais de gelo hexagonais dentro de nuvens cirrosdiz o Met Office, o serviço meteorológico do Reino Unido.
O primeiro fenômeno óptico envolvido no parélio é a refração, que ocorre quando a luz muda de direção ao passar de um meio físico para outro, como do ar para o gelo. O melhor exemplo disso é quando colocamos um lápis em um copo de vidro translúcido cheio de água. Quando olhamos de longe, parece que o instrumento de escrita está quebrado.
Quando a luz solar entra nos cristais de gelo das nuvens cirros, ela sofre refração, ou seja, a luz se curva nos “prismas” de gelo e cria manchas brilhantes de luz, ou parélios. Ao mesmo tempo, a luz branca é dispersa nas cores que a compõem, dando ao parélio um espectro de cores, com o vermelho mais próximo da estrela e o azul do outro lado.
Gostou de saber mais sobre esses dois fenômenos atmosféricos raros? Conte para a gente nas redes sociais do TecMundo e compartilhe a matéria com seus amigos. Até mais tarde!
empréstimo consignado descontado em folha de pagamento
zap empréstimo
simular empréstimo fgts bradesco
empréstimo auxílio brasil 2023
limite para empréstimo consignado
nova margem consignavel
empréstimo em belo horizonte