Polícia investiga causas enquanto produtores tentam contabilizar prejuízos Vídeos compartilhados pela Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste) mostram os grandes incêndios que devastaram parte das propriedades de Sertãozinho, no interior de São Paulo , desde quinta-feira (24/8). Leia mais Incêndio destrói canaviais em SP; Usina oferece recompensa para identificar incendiários Associação de produtores de cana critica ‘incêndios criminosos’ em canaviais Governo coloca número de cidades em alerta máximo por incêndios em SP O clima seco e os ventos fortes fizeram com que o fogo se espalhasse rapidamente em uma área de canavial próxima a Armando de Rodovia Sales Oliveira (SP-322), dificultando o trabalho dos bombeiros e exigindo rápida movimentação dos proprietários de terrenos. “Pouco se poderia fazer”, disse o produtor Marco Guidi à assessoria de imprensa de Canaoste, que viu a camada de húmus do terreno de seu canavial ser totalmente destruída pelo fogo. “O prejuízo ainda é incerto, mas a área de mudas, onde investi R$ 40 mil em adubo líquido, foi perdida. Perdi não só o adubo, mas também as mudas, e agora não sei o que vou plantar no próximo ano. ” Incêndios atingem canaviais em São Paulo Nas unidades São Pedro e São Luiz, de Marcos Paulo Meloni, o cenário é semelhante. “Nossa cana estava na palha e, por conta da estiagem, ficou difícil brotar. Agora, com fogo, é impossível. Este ano o custo médio por alqueire foi de R$ 24 mil, e no ano que vem não sei como será”, lamenta o produtor rural, também segundo divulgado pela Canaoeste. As investigações estão em andamento para definir as causas dos incêndios na zona rural do Estado de São Paulo. Mas há quem levante a hipótese de incêndio criminoso. O Grupo Moreno ainda ofereceu uma recompensa a quem fornecer informações sobre possíveis suspeitos. “Atualmente o setor como um todo não mede esforços para combater os focos de incêndio, pois além de prejudicar o meio ambiente, causa enormes prejuízos financeiros”, garante Almir Torcato, gerente executivo da Canaoeste, em nota divulgada pela associação. Texto inicial do plugin Uma das medidas desenvolvidas pela associação e disponibilizada aos seus associados é o sistema de monitoramento de áreas por satélite, um plano integrado entre produtores que utiliza informações das propriedades associadas e de algumas áreas públicas. Na sexta-feira (23/8), a associação divulgou nota repudiando os incêndios criminosos que vêm afetando propriedades rurais da região. O documento reforça que a prática de atear fogo nos canaviais durante a colheita, comum no passado, foi abandonada e não é provocada pelos produtores e usinas de cana. Divulgação sobre Incêndios/Canaoeste O texto ressalta que as queimadas trazem prejuízos econômicos diretos aos produtores rurais, além de multas mínimas de R$ 1 mil por hectare de cana queimada, que podem chegar a R$ 7 mil, por hectare de vegetação nativa queimada. “Quem em sã consciência colocaria fogo na própria casa? Sabendo de todos os riscos e prejuízos que podem ocorrer, você colocaria fogo no próprio canavial?”, questiona o gerente do executivo da Canaoeste. Mapa mostra cidades de São Paulo com focos de incêndio ativos Editora Globo (Dados: Governo de São Paulo)
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