A investigação, o desenvolvimento e a inovação tornaram-se ainda mais essenciais nas organizações dada a necessidade premente de produzir de forma mais eficiente, descarbonizar a economia e garantir a segurança energética. Neste contexto, o compromisso de enfrentar estes desafios foi decisivo para o Shell Brasil conquistou o Prêmio Valor Inovação na categoria Petróleo, Gás e Petroquímica. O ranking elaborado por Valor Econômicoem parceria com a Strategy&, foi lançado em agosto deste ano.
Vice-presidente de Relações Corporativas da Shell Brasil, Flavio Rodrigues vê o Brasil assumindo um papel de liderança no mercado, não só pela matriz energética tradicionalmente mais limpa do país, mas também pelo histórico nacional de inovação na produção de excelência em águas profundas e ultra -águas profundas.
O Brasil é um mercado relevante para a Shell, recebendo 10% do que é investido globalmente em inovação e tecnologia. Dois pilares fundamentais para a empresa atingir a meta de chegar a 2050 com emissões líquidas zero.
Dentro desse compromisso, além de investir quase R$ 500 milhões só em 2024, a Shell Brasil também incentiva a inovação aberta, com diferentes instituições colaborando para gerir cerca de cem projetos em diferentes temas.
Na entrevista a seguir, Flavio Rodrigues fala sobre esses hubs de inovação que envolvem 23 instituições e cerca de 1.400 pesquisadores, as oportunidades em fontes renováveis, o mercado de carbono e a competitividade do petróleo do pré-sal brasileiro, que tem uma das menores emissões de CO2 do mundo. o mundo.
O que levou a Shell Brasil a se destacar em um setor que investe fortemente em inovação e tecnologia, como petróleo, gás e petroquímica, conquistando o Valor Inovação?
Flávio Rodrigues: A Shell investe há muito tempo nessa área de pesquisa, inovação e tecnologia. Nos últimos seis anos foram destinados mais de R$ 2,5 bilhões, destinados estrategicamente para que seu uso seja eficiente.
Temos cerca de cem projetos na carteira de pesquisa, desenvolvimento e inovação só no Brasil, mas aqui decidimos investir em inovação aberta, contando com uma rede não só de universidades e centros de pesquisa, mas também de empresas envolvidas com capacidade de alcançar gerenciar e entregar esses projetos de forma eficiente. Para nos ajudar, contamos com polos formados por mais de 23 instituições e cerca de 1.400 pesquisadores. Além disso, temos uma equipe dedicada dentro da Shell, com 33 pessoas gerenciando esses projetos, interagindo com essas entidades.
Na minha opinião, consolidamos um processo que vem sendo realizado pela empresa há anos, que está se desenvolvendo e atraindo a atenção do mercado. O reconhecimento do Prêmio Valor Inovação é resultado de tudo isso.
Quanto a Shell Brasil deverá investir em pesquisa e tecnologia em 2024? Quanto deste investimento será alocado aos desafios da descarbonização e da transição energética?
Rodrigues: Esses valores podem variar de acordo com o preço do barril e o volume produzido, mas estimamos investir cerca de R$ 480 milhões em 2024. Temos desafios relacionados à transição energética e buscamos alocar esse recurso para sermos capaz de desenvolver projetos diversificados. Para que isso seja possível, cerca de 70% deste montante é destinado a projetos de descarbonização nas atividades de exploração e produção, enquanto 30% é destinado a energias renováveis ou ações relacionadas com a transição energética. É uma forma de realocar esse investimento, incentivando projetos que possam nos ajudar a encontrar novas alternativas.
Globalmente, a Shell está comprometida em se tornar uma empresa de energia com emissões líquidas zero até 2050. Como a Shell Brasil usou a inovação e a tecnologia para contribuir com sua parte para esse objetivo?
Rodrigues: Mundialmente, a Shell investiu cerca de R$ 5 bilhões em pesquisa, inovação e tecnologia. A empresa identificou que a transição energética é um enorme desafio, mas que o investimento em tecnologia e inovação é importante para que todas as atividades da Shell mantenham o negócio competitivo.
Localmente, investimos cerca de R$ 500 milhões anualmente. O país tem grande importância no planejamento da empresa, com seus recursos de petróleo e gás, sua posição na produção de biocombustíveis, sem falar nas oportunidades em fontes renováveis de energia.
Este investimento é feito porque a empresa acredita que o Brasil pode ser um importante fornecedor de energia e também liderar o mundo rumo à neutralidade de emissões.
Juntamente com a transição energética, o setor também está a trabalhar para resolver a procura global de energia reprimida. Poderá a tecnologia ser a chave para acelerar a produção, bem como para acelerar o complexo processo que vai desde a descoberta de novas fontes de petróleo até ao início da produção?
Rodrigues: Não só na área de renováveis como o biocombustível, temos como exemplos o etanol e o biodiesel, que são soluções muito presentes na realidade brasileira e competitivas globalmente, mas também outras energias como a solar e a eólica. Acredito que todas as opções serão necessárias para enfrentar o desafio da transição energética.
O Brasil tem uma posição muito peculiar. Ao analisar a matriz energética e o potencial de desenvolvimento dessas alternativas, é possível identificar com clareza a capacidade do país. E, além de todas essas questões, existe uma tecnologia que vem sendo desenvolvida globalmente chamada captura e armazenamento de carbono. São projetos associados a grandes ativos emissores que têm a possibilidade de capturar carbono e armazená-lo em reservatórios subterrâneos, deixando de emiti-lo na atmosfera.
Outro elemento muito importante é a implementação de um mercado de carbono. Ao analisar o potencial florestal do Brasil é possível valorizar esse ativo por meio da comercialização de créditos de carbono.
Além disso, o petróleo hoje produzido no pré-sal é classificado mundialmente como um dos petróleos com uma das menores emissões de CO2. Isso também coloca o petróleo em uma posição competitiva muito importante porque existem outros petróleos que emitem mais e podem sofrer mais restrições que o petróleo brasileiro.
Com sua tradição de inovação e centro de excelência em águas profundas e ultraprofundas, o Brasil pode se destacar na busca por uma produção global maior, mais eficiente e mais limpa?
Rodrigues: O Brasil desempenha um papel crucial no setor energético global devido à sua vasta riqueza de recursos naturais, incluindo petróleo, gás natural, biocombustíveis e fontes renováveis, como hidrelétrica, solar e eólica. O país tem um potencial significativo para expandir a produção de energia sustentável, contribuindo para a segurança energética global e reduzindo as emissões de carbono. E ainda temos a oportunidade de desenvolver recursos inexplorados, desde hidrocarbonetos até energias renováveis, impulsionando o desenvolvimento económico.
Lançamos recentemente nosso estudo de Cenários com um olhar sobre a transição energética do Brasil. Acreditamos que o país pode atingir emissões líquidas zero antes de outras grandes economias e ser um player global relevante em produtos e serviços de energia e carbono em um mundo em transição energética.
Para que isso aconteça, no entanto, os termos e condições do mercado brasileiro precisam ser internacionalmente competitivos, através de um quadro regulatório que ajude a atrair investimentos.
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