Temperaturas mais altas prejudicam lavouras A colheita de trigo deste ano em São Paulo deverá ser menor do que a de 2023, quando a colheita totalizou 377 mil toneladas, devido ao clima quente e seco. Segundo informações apresentadas na reunião da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo, em Capão Bonito (SP), no dia 20 de junho, a produção regional exigirá resiliência do produtor. Leia também Abitrigo diz que pão ficará mais caro com MP Pis/Cofins Plantio de trigo é lento e deve haver pequena redução de área no RS Segundo o presidente da Câmara, Nelson Montagna, o cenário representa um retrato claro e direto de próximos meses: “a partir de agora o maior problema, tanto para a produção como para a indústria, é saber o que será colhido em quantidade e qualidade do cereal”. Em relação ao clima, o ano de 2024 já registrou um aumento de 2,52°C na temperatura em relação à média de 2023 – que ficou no limite considerado seguro para o plantio. Esta alteração de temperatura, como destacou o representante da Castrolanda, Júlio Antunes, tem gerado inúmeras consequências durante o processo de produção do trigo. “As chuvas até começaram na hora certa para o início do plantio, porém, por outro lado, as altas temperaturas causaram um déficit hídrico considerável. Essa situação levou ao aumento da brusone (doença causada por um fungo) nas folhas, bem como ao maior acometimento por lagartas e ao encurtamento dos ciclos com baixo perfilhamento nas lavouras”, explicou o profissional, lembrando que identificar a brusone nas folhas é um termômetro de que as condições climáticas podem favorecer o avanço da doença que, ao atingir a espiga, pode causar danos irreversíveis. Saiba mais taboola Produção no Brasil e no mundo No contexto de oferta e demanda globais, o Brasil deverá continuar a ser um forte importador de trigo, na ordem de 6 milhões a 7 milhões de toneladas, mas também apresentará significativo potencial exportador, com embarque estimado de 1,5 milhão de toneladas na próxima safra, principalmente pelo Rio Grande do Sul, disse o representante da Aliança Agrícola, Douglas Araújo, no encontro. “Nas perspetivas atuais, as bolsas mundiais continuam a cair, com maior concentração na China. O que nos faz pensar como alguns países dependentes de importações, como o Brasil, vão lidar com a situação de segurança alimentar”, ponderou. A China, por exemplo, aprovou a compra de trigo argentino. A Índia recuperou os estoques, mas os preços internos continuam pressionados, com forte intervenção estatal na comercialização do produto. A Europa tem apresentado produção abaixo dos anos anteriores, cenário ligado às altas chuvas na França, ao menor preço global do trigo na Ucrânia e à entrada da Rússia na lista de sanções, o que dificulta as taxas de câmbio e o uso de instrumentos financeiros. . A Roménia, por outro lado, tem apresentado preços muito competitivos. Na Argentina, maior fornecedor de trigo do Brasil, a estimativa é que a área de plantio seja de 6,92 milhões de hectares, 25% a mais que no ciclo passado. “Em condições climáticas adequadas, espera-se uma colheita superior a 21 milhões de toneladas, muito acima dos 15 milhões obtidos na última colheita”, destacou Araújo.
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