Confira quais ações fora do Ibovespa registram movimentos relevantes hoje | Empresas

Por volta das 14h, as ações da Infracommerce (IFCM3) caíam 23%, sendo negociadas a 30 centavos, com a maior margem de queda da bolsa brasileira. Agora o papel de Oncoclínicas (ONCO3) caiu 15,5%, sendo negociado na época a R$ 6,16.

Na época, o volume financeiro movimentado pelas duas ações foi de R$ 12 milhões e R$ 58,5 milhões, respectivamente.

O “pódio” das maiores quedas da bolsa brasileira nesta sessão também contou com a Localizaação que está na carteira do Ibovespa e também registrou perda significativa no pregão de hoje.

O que acontece com essas empresas?

A prestadora de serviços de tecnologia para e-commerce divulgou o resultado do trimestre, com baixa de R$ 1,38 bilhão, e anunciou acordo com credores para alongamento da dívida em R$ 650 milhões, conforme plano de reestruturação anunciado ontem junto com o balanço.

O auditor externo, KPMG, chama a atenção, no relatório que acompanha as demonstrações financeiras, para a situação financeira da empresa, que indica a existência de “incertezas relevantes que podem levantar dúvidas significativas quanto à capacidade da empresa e das suas subsidiárias continuarem a operar” .

Após a divulgação dos resultados, a empresa anunciou um entendimento com credores que estabelece “parâmetros gerais para prorrogação e renegociação de sua dívida, no valor aproximado de R$ 650 milhões”.

O memorando prevê a implementação de um plano de reestruturação para melhorar a estrutura de capital e o desempenho operacional.

O Oncoclínicas também divulgou ontem o balanço do segundo trimestre, que viu o lucro da empresa cair 84% em relação ao mesmo período do ano passado.

O lucro atribuído aos sócios controladores foi de R$ 3,3 milhões no segundo trimestre, representando queda de 84%. Consolidado, o lucro foi de R$ 19,1 milhões, queda de 46%.

O resultado final de Oncoclínicas foi impactado principalmente pelo aumento no custo dos serviços prestados em 17,3%, para R$ 1,04 bilhão, e pelo aumento de 7,9% nas despesas gerais e administrativas, que totalizaram R$ 311,1 milhões.

O Goldman Sachs destaca em relatório que o EBITDA da empresa (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) Oncoclínicas vieram em linha com as expectativas, porém, os resultados financeiros e o consumo recorrente de caixa ficaram abaixo do esperado, em parte, pressionados pelo aumento no prazo dos recebíveis.

O banco americano tem recomendação de compra para as ações da Oncoclínicascom preço-alvo de R$ 10.

A expansão da margem Ebitda ajustada reflete reajustes de preços com pagadores selecionados ao longo do trimestre, além da melhor diluição de despesas gerais e administrativas, causada pela reestruturação de pessoal.

Em relação aos recebíveis, o relatório do banco americano explica que a empresa renegociou com um pagador relevante a prorrogação de prazos, o que levou à transferência de cerca de R$ 393 milhões em recebíveis do ativo circulante para o não circulante, reduzindo significativamente a visibilidade de quando o recebimento de caixa ocorrerá.

Esta renegociação teve um impacto contábil positivo de 21 dias nos dias de recebimento e ajustando isso, o Goldman Sachs calcula que o prazo de recebimento da empresa Oncoclínicas teria piorado entre 3 e 4 dias na comparação trimestral, diferente da melhora de 17 dias reportada pela empresa.

As receitas também ficaram abaixo do esperado, com volumes menores, apesar da aceleração no crescimento do ticket médio e do mix de novos medicamentos e terapias. O Goldman Sachs comenta ainda que houve benefício causado pelo repasse do reajuste de preços de

Com informações do Valor PRO, serviço em tempo real de Valor Econômico.