Embora os deputados tenham se concentrado nesta terça-feira na construção de um texto que represente uma resposta à decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de restringir o pagamento das “emendas Pix” e determinar que a destinação de recursos orçamentários por os parlamentares devem seguir critérios de transparência e publicidade, dirigentes do Centrão admitem que o formato da proposta ainda depende de acordo entre Câmara e Senado.
Com isso, reconhecem que a votação do projeto que resolverá esta questão ainda não tem um horizonte claro. Um interlocutor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), avalia que, apesar dos esforços para encontrar uma solução rápida, ainda não há um cronograma definido para votação do tema.
Em resposta à decisão de Dino, os parlamentares tentam elaborar uma proposta que dê maior transparência às alterações do Pix.
O tema dominou os corredores do Congresso ao longo desta terça-feira. O assunto foi pauta única de reunião de uma “pequena comissão” coordenada por Lira (PP-AL) na residência oficial da presidência da Casa. A reunião ocorreu antes da reunião formal do alagoano com líderes partidários.
De acordo com o Valoro texto que pretende regulamentar as emendas do Pix deve prever meios para que deputados e senadores aumentem a transparência desse tipo de recurso. Detalhar o tema das alterações é uma das alternativas mais populares.
No formato atual, só é possível verificar o parlamentar que enviou as emendas e a qual prefeitura elas foram destinadas. Não há detalhes sobre o que será feito com esses recursos.
Embora diversas soluções estejam em cima da mesa, as que têm maior simpatia entre os parlamentares são a votação de um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN), que é defendido pelos deputados nos bastidores, ou a adaptação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), ideia que conta com o apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e de outros senadores.
O senador mineiro também sugeriu que uma das alternativas seria priorizar emendas individuais ou de bancada em detrimento das emendas de comissão e emendas do Pix. Isso, porém, não seria bem recebido por Lira, segundo interlocutores, pois esvaziaria seus poderes sobre recursos.
Durante o encontro com aliados, Lira afirmou que espera que uma solução seja construída e votada nos próximos dias. Se o caminho escolhido fosse o PLN, seria necessária a convocação de uma sessão do Congresso, o que é prerrogativa de Pacheco. Portanto, ainda seria necessário um acordo entre as duas Casas.
“Ainda não existe um modelo definido. Acho que é preciso que a liderança da Câmara, do Senado, chegue a um consenso junto com os líderes e apresente um modelo”, disse Pacheco aos jornalistas ao chegar ao Congresso.
Horas depois, Lira aproveitou seu discurso no Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos para criticar a decisão de Dino e criticar o governo.
“É sempre bom lembrar que o Orçamento não é, não pertence e não é exclusivo do Poder Executivo. O Orçamento é votado pelo Congresso Nacional e, portanto, é lei. Sem a aprovação do Parlamento, não tem mandato constitucional. O Congresso, ao longo desses anos, adquiriu maturidade e sensibilidade para reconhecer seus erros, mas tem o poder constitucional de garantir suas prerrogativas estabelecidas em cláusulas imutáveis na lei máxima do nosso país”, disse Lira.
O alagoano destacou que a mudança estabelecida pela decisão de Dino não poderia ter ocorrido por meio de um ato monocrático e disse que os parlamentares são quem melhor conhece a realidade dos brasileiros. Ele também defendeu a autonomia do Legislativo em relação à atribuição de emendas parlamentares.
“Os 513 deputados federais, os 81 senadores vivenciam os problemas de prestação de serviços de saúde, sabem que as santas casas e os hospitais filantrópicos sobrevivem com o indispensável apoio das emendas parlamentares que lhes são destinadas. Não podem mudar isto num ato monocrático, quaisquer que sejam os argumentos e as razões, por mais razoáveis que pareçam. O diálogo é imprescindível, é o caminho para se chegar ao entendimento”, argumentou Lira.
Ao sair do mesmo evento, Pacheco afirmou que espera analisar o assunto somente após concluir a votação de outras propostas importantes no Senado, como o programa de renegociação da dívida estadual.
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