O Ministro da Fazenda, Fernando Haddadafirmou que o o governo não está aumentando os impostos sobre quem já paga nem criando novosmas buscando compensação para outras decisões que foram tomadas.
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“Não estamos aumentando impostos de quem paga nem criando novos impostos. Estamos simplesmente combatendo o que o próprio Congresso determinou que fosse feito pela Emenda Constitucional 103, que nem é do atual governo, e por recomendação do TCU [Tribunal de Contas da União]“, afirmou ao participar virtualmente de evento da Warren em São Paulo.
Haddad citou que a despesa tributária do Brasil atingiu “a marca histórica” de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 e que a receita como proporção do PIB, quando Lula assumiu o cargo em 2023 para um terceiro mandato, estava em 17%, “contra uma receita de 19% do PIB pelo menos nos anos em que a sustentabilidade fiscal foi garantida”.
Segundo ele, foram tomadas “várias medidas” em 2023 para conter os gastos tributários e “recompor a base fiscal do Estado brasileiro”, disse, agradecendo ao Congresso o “apoio” do Congresso “para aprovar quase todas as medidas para a sustentabilidade fiscal”. .
“Entendo que estamos no caminho certo para a recuperação das finanças públicas, reconhecida por três agências de risco no ano passado”, afirmou. “Não foi feito nenhum choque, porque não entendíamos e não entendemos que a economia brasileira precisava de um choque”, disse. “É preciso credibilidade, uma trajetória sustentável e consistente.”
Haddad citou, porém, “um choque de produtividade” proveniente da reforma tributária aprovada e disse que o ambiente de negócios, principalmente na indústria, já está “sendo favorecido”.
Haddad lembrou que ainda falta solução para compensar a desoneração da folha de pagamento nos 17 setores que mais empregam e também em alguns municípios, o que, segundo ele, contabiliza R$ 26 bilhões em renúncias não previstas para 2024. “Estamos ajudando o Congresso a cumprir determinação do STF [Supremo Tribunal Federal] que, de forma inédita, passou a exigir do Congresso o mesmo compromisso com a Lei de Responsabilidade Fiscal que o Executivo tem”, disse. Para Haddad, “é importante virarmos a página desses dez anos de muitos gastos , pouca receita e baixo crescimento”.
O ministro voltou a dizer que “devemos rever em breve o crescimento da economia brasileira para além dos 2,5% previstos” pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda. Além da reforma tributária, Haddad também citou as reformas microeconômicas como o novo quadro de garantia e observou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou recentemente o PIB potencial da economia brasileira. “Podemos chegar a 2026, se não no grau de investimento, muito próximo disso”, afirmou.
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