Uma investigação da Delegacia de Fraudes de Maceió (AL) mostra que os influenciadores têm acesso a uma versão diferente do jogo, em que é possível vencer com facilidade, para atrair novos jogadores. Anúncios fraudulentos do “Jogo do Tigrinho” invadem celulares e redes sociais Visual colorido e traços infantis. Essas são algumas das características do “Jogo do Tigrinho”. Na internet, influenciadores prometem prêmios altos para quem começar a jogar. No entanto, as autoridades dizem que é uma ilusão, mas muitas pessoas em todo o Brasil estão caindo nessa. O jogo baseia-se na formação de uma combinação de figuras idênticas. É uma máquina caça-níqueis, mas online. Para fisgar as pessoas, influenciadores fazem propagandas fraudulentas do jogo clandestino nas redes sociais, como a blogueira Paulinha Ferreira. Ela sempre vencia e mostrava isso aos seguidores, mas a polícia “matou a farsa”. A Delegacia de Fraudes de Maceió (AL) teve acesso a uma conta demo, que normalmente é usada por influenciadores para mostrar como é fácil ganhar esse jogo. Ao utilizá-lo, o usuário ganha rapidamente R$ 500 ou mais. É por meio desse recurso que os influenciadores ganham e comemoram nas redes. Quem vê se sente motivado, mas quando joga de fato nada disso acontece. “Influenciaram muita gente com essas informações falsas, sem informar que se tratava apenas de um relato de manifestação”, afirma Eduardo Mero, delegado geral adjunto da Polícia Civil de Alagoas. Durante a investigação, a polícia encontrou conversas entre influenciadores e agentes e plataformas. Também foram obtidas planilhas nas quais demonstram materialmente como foi feito esse arranjo. Pessoas que até um passado recente não tinham bens tornaram-se subitamente milionárias. Tudo isso, com recursos vindos desse jogo, afirma o delegado geral. Paulinha Ferreira, por exemplo, ostentava carros importados e dizia que tudo foi comprado com o dinheiro ganho no jogo. Esta semana, vários desses veículos foram apreendidos. Para o delegado antifraude de Maceió, Paulinha faz parte de uma organização criminosa junto com outros 11 influenciadores e agentes. Um deles é o marido, Ygor Ferreira. Os advogados dos influenciadores afirmam que não há provas nos autos da investigação de qualquer conduta criminosa e que não podem ser responsabilizados por eventuais problemas que os jogadores tenham enfrentado com as plataformas. “Quando me encontrei já estava endividada, a única saída para mim naquele momento era me desfazer do meu sonho, da minha loja”, lamenta Maria das Graças, que perdeu aproximadamente 200 mil com apostas. Ela não foi a única, segundo a polícia de Maceió. Os empresários da cidade perceberam que os funcionários passavam muito tempo no celular e o desempenho no trabalho começou a cair. Em São Paulo, 60 pessoas procuraram a polícia por causa da caça clandestina do tigre. Já foram elaborados mais de 500 boletins de ocorrência que tratam desse tipo de infração penal, segundo um delegado da 3ª Delegacia de Investigações Gerais. No estado, cerca de setenta perfis de influenciadores foram bloqueados. Em Maceió, todos os investigados também não possuem mais redes sociais. Além da publicidade por meio de influenciadores, em esquemas clandestinos, os convites para o jogo do tigre chegam via Whatsapp e redes sociais, geralmente de perfis falsos. É ilegal? Os jogos do Tigrinho são hospedados em plataformas clandestinas, não são auditáveis e não seguem nenhuma regra. É diferente das plataformas de apostas legalizadas, conhecidas como ‘apostas’. Alguns também oferecem o jogo. Estas, porém, funcionam sujeitas a regras estabelecidas em duas leis: Lei 13.756/2018: Regulamenta as apostas esportivas; Lei 14.790/2024: ampliou o alcance da legislação, obrigando as empresas a terem endereço no Brasil, definindo a tributação e incluindo os jogos online. Esta lei encontra-se num período de transição, incluindo um processo regulatório liderado pelo Ministério das Finanças que termina no final deste ano e irá estabelecer critérios técnicos e legais para a disponibilização de jogos online. Em nota, a Associação Nacional de Jogos e Loterias afirma que: as casas de apostas sérias que operam no Brasil estão se submetendo ao processo de regulação do mercado, ainda em andamento, e implementaram medidas para prevenir o vício entre os apostadores, por meio da conscientização de que os jogos são para entretenimento, não enriquecimento. A associação declarou ainda que em relação a possíveis crimes cometidos por influenciadores que promovem o Fortune Tiger, o Jogo do Tigrinho, as leis possuem regras claras para a publicidade responsável. A nota diz ainda que o “Jogo Tigrinho” está em uma categoria que pode ser operada por sites de apostas, desde que atendidos alguns requisitos legais, como informar antecipadamente ao apostador o fator de multiplicação do prêmio em caso de ganho da aposta. Ou seja, o apostador sabe antecipadamente quanto pode receber. O Ministério das Finanças afirmou em nota que, após estabelecimento de critérios técnicos e legais, os jogos devem ser sujeitos a certificação realizada por entidades habilitadas. E os jogos que não passam nesta certificação não podem ser considerados legais. O ministério disse que o período de transição termina no final de 2024 e, a partir de 1º de janeiro de 2025, terá início o mercado regulamentado, quando sites legais só poderão oferecer jogos online certificados e auditáveis, sem manipulações que prejudiquem o apostador. LEIA TAMBÉM ‘Perdi meu salário inteiro em 15 minutos’, revela vítima do ‘Jogo do Tigre’ Influenciadores do ‘Jogo do Tigre’ geraram R$ 12 milhões em 6 meses; grupo é alvo de investigação Veja quem são os influenciadores de Curitiba e região investigados por fraudes no ‘Jogo do Tigrinho’ Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1, Globoplay, Deezer, Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts e Amazon Music trazendo ótimas reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcasts com o selo de jornalismo Fantástico: profundidade, contexto e informação. Acompanhe, curta ou inscreva-se no Isso É Fantástico no seu podcast player preferido. 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