As empresas estão percebendo que esta ferramenta é essencial no processo de tomada de decisão e uma aliada estratégica para praticamente todos os setores. Inteligência Artificial Getty Images Se, até recentemente, ainda existia uma certa desconfiança quanto ao uso da Inteligência Artificial (IA) no ambiente de trabalho, isso está acabando. Basta olhar para uma pesquisa realizada pela IBM, que revela que 41% das empresas brasileiras utilizam a tecnologia de alguma forma no seu dia a dia. A resposta a esta crescente aceitação é clara: as empresas estão a perceber que esta ferramenta é essencial no processo de tomada de decisão e uma aliada estratégica para praticamente todos os setores. É claro que não podemos ignorar os benefícios que a IA traz para as atividades operacionais, otimizando o tempo dos profissionais e agilizando tarefas rotineiras. Porém, suas vantagens ocorrem de forma cíclica, pois é com um ambiente de negócios mais eficiente e a automatização de tarefas manuais que as equipes poderão focar em ações complexas, fazendo com que os próprios líderes repensem os caminhos que irão trilhar. Por conta dessa estrutura, não surpreende que a pesquisa também mostre que 51% dos Chief Data Officers (CDOs) brasileiros estão utilizando essa tecnologia e dados para melhorar e agilizar suas escolhas. Além disso, outro estudo realizado com mais de 370 CEOs e C-levels de empresas nacionais, realizado pela agência Data-Makers, destaca que 28% dos casos de uso da ferramenta focam no apoio à tomada de decisões. Benefícios diferentes para cada área Embora seja claro que os efeitos da IA acabam sendo relevantes para os movimentos dos altos executivos, o seu caráter estratégico não diz respeito exclusivamente às ações desses líderes. Uma vez que essa tecnologia agiliza o trabalho como um todo e aumenta a produtividade da equipe, suas vantagens se transformam em resultados reais. Na área de Recursos Humanos (RH), por exemplo, a IA consegue analisar grandes volumes de currículos em tempo reduzido, identificando os candidatos mais adequados para uma vaga e até antecipando a retenção de talentos. Na área de Compras, seus algoritmos têm potencial para prever demandas futuras, sugerir fornecedores mais eficientes e negociar preços automaticamente, com base nos padrões de mercado. Ou ainda, na área de Marketing, a ferramenta pode segmentar o público com precisão e personalizar as mensagens, aumentando a eficácia das campanhas. Um estudo que realizamos na Alura em parceria com o Google também demonstra essa abrangência. De acordo com os dados coletados, profissionais de diversos segmentos têm buscado aprimorar seus conhecimentos ou incorporar IA em suas atividades; Os especialistas em Desenvolvimento de Software (12,5%), Educação (8,23%) e Finanças (8,17%) são os que mais vêm se aprofundando no tema, com o objetivo de aplicar a tecnologia em suas rotinas. Competências necessárias aos profissionais do futuro Desde que deu os primeiros passos no ambiente corporativo, a IA provou que não é uma ferramenta digital qualquer. Portanto, é fundamental que as empresas que ainda não exploraram de perto o impacto decisivo da inteligência artificial em todas as áreas de negócio reavaliem esta decisão, para não correrem o risco de ficarem para trás. Todos os setores podem colher frutos da integração desta tecnologia nos seus sistemas e rotinas. Porém, nada disso é possível sem que os profissionais desenvolvam as competências necessárias para esta inovação. Isto inclui não apenas o conhecimento técnico para utilizar as ferramentas, mas também a capacidade analítica para interpretar dados e extrair deles insights estratégicos – bem como conhecimento sobre os riscos e medidas de proteção que precisam ser tomadas. Programas de treinamento estruturados a partir de uma lógica de educação continuada podem auxiliar nessa demanda, principalmente porque interferem diretamente na cultura organizacional da empresa. Ou seja, qualquer formação ou aprendizagem vai além da resolução de um problema específico, visando mostrar que a IA pode impulsionar carreiras, processos, negócios e, sobretudo, a inovação nas empresas. Portanto, é uma tecnologia que não deve ser vista como uma tendência futurística, mas sim como uma necessidade urgente para todas as organizações que queiram manter-se competitivas. A democratização da IA no ambiente corporativo tem o poder de mudar os rumos do mercado, estimulando toda a inteligência e capacidade dos seus profissionais. *Adriano Almeida é líder da Alura Para Empresas, unidade de negócios da Alura, ecossistema de aprendizagem tecnológica, que apoia e impulsiona organizações com soluções de desenvolvimento de pessoas em tecnologia. Mais lido
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