Uma das unidades fica no Tietê e foi criada pelo IAC em 1924. A unidade regional de pesquisa no Tietê (SP) foi a primeira fazenda pública criada pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em 1924. Desde então, tem ajudado para desenvolver variedades de feijão -carioca, realizou pesquisas com algodão, frutas e, mais recentemente, soja e pecuária, que resultaram em práticas rentáveis e sustentáveis para os produtores da região. Saiba mais taboola Apesar dessas conquistas, os pesquisadores do local estão preocupados com a possibilidade de não terem onde concluir o trabalho atual. O motivo é que a fazenda consta de uma lista de bens que o Governo do Estado pretende vender, junto com outras unidades consideradas “onerosas” para São Paulo. Há alguns meses, os temores ganharam força quando o governo de São Paulo lançou o site imoveis.sp.gov.br. Nele apareceram à venda 200 imóveis públicos espalhados por pelo menos 20 municípios. O governo disse, na altura, que, devido a um erro técnico, foi publicada informação descontextualizada e, desde abril, o site aparece “em manutenção”. Alguns dos locais divulgados no site chamaram a atenção da Associação de Pesquisadores Científicos do Estado (APqC). Entre eles a Coordenação de Assistência Técnica Integral (Cati), de Campinas, que coordena as Casas da Agricultura e é referência no atendimento a pequenas propriedades, e o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), fundado em 1887, prédio tombado como patrimônio histórico municipal e pólo de desenvolvimento tecnológico para o campo. Muitas outras fazendas regionais estavam no site e não há mais informações sobre seu processo de comercialização. O Estado de São Paulo possui 41 unidades vinculadas à Secretaria de Agricultura. Somente nas fazendas pertencentes à Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio — Apta Regional — ligadas à produção agrícola de cada cidade, são 18. A fazenda Tietê, onde o relatório foi publicado há alguns meses, está incluída no Sistema de Gestão de Propriedades ( SGI), na medida em que o governo declara que o bem em questão não tem interesse público, social ou econômico. O Valor, porém, encontrou um local bem cuidado, com boa manutenção e pesquisas eficazes, entre elas a de Keila Maria Roncato Duarte, que busca encontrar variedades de soja com mais isoflavonas (que podem ajudar no combate aos sintomas da menopausa). “O diferencial deste estudo é que ele agrega valor à soja para consumo humano. Aqueles com menos isoflavonas seriam ideais para crianças e jovens, por exemplo. Mas como qualquer estudo, pode levar décadas para ter um resultado efetivo”, disse o pesquisador. Outra unidade pública do SGI é a Fazenda São Roque, fundada em 1928 na cidade que se tornou referência em vinhos no Estado. Lá, foram realizadas pesquisas na fazenda pública que permitiram o avanço da produção de uva orgânica com práticas sustentáveis. A fazenda também está inserida no SEI, sistema eletrônico de informações, onde são agregados os processos de atendimento público, fase que antecede o envio dos projetos de governo à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Em entrevista ao Valor, o secretário da Agricultura de São Paulo, Guilherme Piai, confirmou que o governo Tarcísio de Freitas (Republicano) pretende leiloar fazendas e outras propriedades que sobrecarreguem o Estado com custos elevados e que não apresentem relevância social e resultados económicos. Ao mesmo tempo, garantiu que o seu departamento quer incentivar a investigação pública e valorizar a carreira dos colaboradores do sector. “Estou visitando todas as unidades de pesquisa e fazendas do Estado para verificar as condições de trabalho e o que necessitam. Uma pesquisa final deve ser concluída dentro de alguns meses”, disse ele. O secretário não quis informar quais unidades serão leiloadas. O problema, segundo pesquisadores do Estado, é que algumas unidades são sucateadas por falta de investimentos e entregam menos pesquisas do que seu potencial por falta de pessoal. “Na fazenda São Roque só dois pesquisadores fazem todo o trabalho, não há funcionários de apoio. Ainda assim, é uma unidade inserida na economia local, com o desenvolvimento da uva orgânica, da agroecologia e que até ajudou a desenvolver o turismo”, disse Helena Dutra Lutgens, presidente da APqC. A associação representa funcionários de 16 Institutos Públicos de Pesquisa do Estado de SP, nas áreas de Agricultura, Saúde e Meio Ambiente, incluindo o Instituto Agronômico de Campinas, o Instituto Butantan e o Instituto Biológico. Para Helena Lutgens, a especulação imobiliária também é uma grande ameaça para estas quintas porque a maior parte delas foi criada no século passado, em locais desertos que hoje se tornaram centros urbanos. “São oásis de manutenção da vegetação local, com pesquisas conservacionistas, que são o futuro e não podem virar construções. ”
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