Por esse preço, melhor viajar para a Europa | Colunas de Ana Leoni

Segundo o Ministério do Turismo, 55% dos brasileiros têm – ou tiveram – a intenção de fazer uma viagem de lazer dentro do Brasil em 2024. Este número é muito semelhante ao dos Estados Unidos. De acordo com o site O Vocacionistaespecializada em viagens, 57% dos norte-americanos pretendem viajar dentro do seu próprio país. A diferença está na percentagem de quem pretende viajar para além das suas fronteiras. Aqui no Brasil, 22% dos viajantes planejam fazer as malas e passar pelo balcão de imigração, enquanto apenas 6% dos americanos têm o mesmo desejo.segundo essas mesmas fontes.

Essa predileção pode fazer algum sentido, visto que o turismo no Brasil se torna bastante seletivo devido a uma série de fatores. Aqui, questões econômicas, sociais, de infraestrutura e até de segurança inibem a plena exploração do potencial turístico do Brasil. Porém, mesmo quem tem condições econômicas e as questões orçamentárias não são um impedimento, não priorizam o Brasil como principal destino para suas férias.

Mesmo não sendo uma pessoa tão viajada quando comparado com aqueles viajantes profissionais que costumamos ver nas redes sociais, acumulo uma certa quantidade de milhas que me permite dizer que o Brasil não deixa nada a desejar em comparação com muitos destinos ao redor do mundo. mundo e pode realmente ser um destino inesquecível.

Paris, por exemplo, um dos destinos mais visitados do mundo pode até ter a emblemática Torre Eiffel, mas temos as nossas Samambaias, que podem atingir 70 metros de altura, e são realmente impressionantes em termos de deslumbramento. Roma, cidade onde se originou grande parte da nossa civilização, mas não possui a biodiversidade da Amazônia ou as águas do Rio Negro que nos fornecem recursos que mantêm a nossa sobrevivência.

Nossa gastronomia pode não ter muitas estrelas Michelin, mas conta com chefs como o Fabrício, de Manaus, que transforma o básico da floresta em delícias na nossa mesa. Temos também muita história, contada por verdadeiros mestres no assunto, como o guia Eduardo, também de Manaus, filho de índios que sabe tudo que mata e tudo que salva dentro da selva verde. Temos cachaça, guaraná, açaí. A cachoeira gelada e o rio quente. A areia fina das praias de água doce e salgada, o calor do sol o ano todo e o calor do abraço brasileiro que só os brasileiros têm.